quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Slain: Back From Hell no PCLinuxOS


Imagine se você tivesse uma máquina do tempo, e, pudesse voltar à época em que havia bons jogos de videogame de plataforma ? Os tempos dourados dos jogos de plataforma foram a metade dos anos 80 até 95 ~96. Depois disso, os jogos de plataforma foram deixados de lado, sendo suplantados pelos jogos de luta, de corrida 3D e FPS’s.

Mas, um bom jogo de plataforma nos remete, a memória afetiva, aos clássicos de plataforma de anos passados: Sonic, Mário, Castlevania, Donkey Kong e outros, que tão bons foram e deixaram saudades.
 

Volte ao Inferno com Slain: Back from Hell

Nesse jogo você é Bathorin, um guerreiro que já morreu. Exato, o jogo começa com uma aparição, no mausoléu do herói, despertando o herói de seu sono eterno para combater um mal terrível que se abateu sobre a terra.

Rise From Your Grave!!!

O herói, no entanto, não quer voltar à vida, e, reclama com a aparição, numa tirada cômica bem engraçada.
Só que ele se levanta do túmulo e sai pelo mundo devastado para erradicar as forças do mal.
 

Nostalgia e Heavy Metal são os ingredientes

O Jogo tem um visual gótico sombrio, com ótimos gráficos. Criado por Andrew Gilmour, tem em sua produção diversos veteranos talentosos, como Barry Leitch na trilha sonora adicional e  Curt Victor Bryant (ex Celtic Frost) como o compositor principal.
O jogo não se leva muito a sério, desde seu início, até as tiradas com o Heavy Metal: Bathorin se considera um deus do metal, e, tem diversos maneirismos de roqueiros dos anos 70: Cabelos compridos, uma espada gigante e muito som pesado. Passado um tempo, tem-se a sensação de estar num clipe  do Slayer.
 

Tom Araya ? Não, Bathorin…

O game foi lançado em 24 de março de 2016, e, foi bombardeado por críticas de que não era um produto acabado, com diversos glitches e problemas de gameplay. Em Agosto, a versão Back From Hell foi lançada, consertando os problemas do lançamento.
Em sua reedição (Back from Hell) ele recebeu melhores notas dos críticos profissionais.
O jogo foi lançado para Nintendo Switch, PS4, Xbox e PC.


Castlevania foi a inspiração

O jogo se inspirou fortemente na série Castlevania, com muitas mecânicas que lembram os antigos jogos.
Porém, ao se jogar, por um bom tempo, sente-se que falta alguma coisa. E, essa coisa poderia ser um polimento melhor nas mecânicas do jogo.
Os elementos que remetem à Castlevania estão todos lá: As cabeças de Medusa, os inimigos voadores, os zumbis que saem da terra, todos os elementos conferem.
 

É o Drácula ? Não neste jogo


O jogo foi criado no engine Unity-2D, a seção do Unity dedicada a jogos bidimensionais, mas, por usar um engine rico em efeitos OpenGL, seus visuais são fantásticos: O jogo se passa numa noite eterna cheia de efeitos de luz. São explosões, sombras, reflexos que fazem toda a diferença e criam uma atmosfera medieval de tortura e opressão belíssima.
O jogador tem um ataque normal, com sua espada, e, um ataque de projétil, que consome mana. O ataque de  projétil dá a vantagem da distância.
O uso da espada não é apenas ofensivo, é possível bloquear ataques de oponentes com ela, e, refletir projéteis que os inimigos atiram em você, mas é preciso acertar o timing certo(o que demanda treino) para rebater os tiros inimigos.
No jogo, o herói deve libertar seis reinos, destruindo o chefe do mal de cada um deles, para poder livrar o mundo da escuridão.

Muitas Plataformas


A Crítica Honesta

Bem, o jogo é lindo. Graças ao engine Unity, ele tem um sistema de partículas incrível, impressionante mesmo. A música também é ótima e as animações também estão muito bem-feitas, com bastantes quadros, deixando os personagens com movimentos fluídos.
Não é um jogo que exige muito hardware, eu mesmo o testei em meu notebook, com vídeo Intel e funcionou maravilhosamente.
Possui suporte a joysticks, o que melhora muito sua jogabilidade, já que um jogo assim pede respostas rápidas que um teclado jamais seria capaz.
O jogo possui uma grande variedade de lutas de chefes, lutas de mini-chefes, lutas de submini-chefes e lutas de macro-sub-mini-chefes, o quê vai garantir, no mínimo, seis horas de jogo (mas vão ser mais).

Submini Chefe


 Agora, tenho que falar dos problemas que encontrei no jogo. Principalmente de suas mecânicas

Nem tudo são flores do mal em Slain…

As mecânicas do jogo lembram o primeiro Castlevania, mas, muito mais difíceis. E, apesar de todos os seus aspectos positivos, parece que os criadores do jogo puseram uma dificuldade insana apenas para alongar artificialmente sua duração.
Fora isso, as mecânicas são ruins: Ele faz uma animação automática ao fazer uma sequência de 3 espadadas. Ora, se você precisar pular, não vai acontecer, pois o personagem estará travado na sequência de animação. E, como o jogo é muito dinâmico, isso vai matar Bathorin muitas vezes. Mas, como ele já morreu, não impede o jogo de continuar, o personagem apenas respawna no check-point mais próximo. Sim, o jogo tem essa falha, não tem save aonde se quiser, mas, apenas os check-points, que pode ser muito frustrante, dependendo da fase onde se está.
Fora isso, ao golpear com a espada, o personagem vai avançando um passo a cada sequência de 3 espadadas. Em beiras de abismos ou com armadilhas próximas(e o jogo tem muitas) isso pode matar o personagem facilmente.


Veredito

Pros:
    • Música
    • Visuais
    • Animações
    • Controles são bons, mas as mecânicas do jogo prejudicam

Contras:
    • Dificuldade exagerada
    • Mecânicas estúpidas
    • Combate não tem muita variedade
    • Alto índice de frustração(em decorrência dos  itens acima)

Minha nota é 6,0 – Bom, mas não é ótimo, e, tem muitas razões para decepcionar o jogador.

Mas, o jogo está em promoção de Halloween na GOG, e, pelo preço promocional pode ser uma opção para jogar nos feriados vindouros.

 

URL: https://www.gog.com/game/slain

 

E aqui, um demo do gameplay

 


 


 


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