terça-feira, 28 de setembro de 2010

As Corporações e Você: Quem é quem no Open source - Parte1

Estamos vivendo momentos cruciais para o Open Source: Oracle está processando a Google por patentes, Apple está lutando contra o Android do jeito que pode, ao mesmo tempo que alardeia que é uma empresa open source(falarei disso a seguir) e, a Microsoft dá declarações à imprensa de seu amor ao open source(hein ? WTF ?).
Diante de todo esse bombardeamento de notícias, factoides e meias verdades, como é que a gente fica no meio dessa encrenca toda ?

Para tentar entender esse imbróglio todo, vou fazer uma breve análise das empresas que trabalham com Open Source, e, comentarei como é seu relacionamento com o mesmo. A lista a seguir não é definitiva e nem abrange todas as companhias.

Pró Open Source
Red Hat: É a empresa que melhor sintetiza os ideais do Free, Libre Open Source no mundo. Tem sua distribuição paga, a Red Hat Enterprise Linux, e, uma distribuição gratuita, Fedora Linux,  focada mais no usuário comum e desktop. Há ainda uma distribuição comunitária gratuita, derivada da RHEL, CentOS, que é uma distribuição focada em servidores, mas, sempre desatualizada em relação à RHEL.
Nunca fez acordos que traíssem a comunidade Linux, não apoia a contaminação, seja do desktop, seja da área de servidores, com stacks alienígenas ao Linux, sendo fiel às quatro liberdades da GPL. E, mesmo sendo a virtualização um dos assuntos mais quentes da informática atualmente, a Red Hat disponibilizou o KVM em open source, depois de adquirir a companhia Qumranet de Israel. Por todas essas, Red Hat ganha o primeiro lugar.
Mandriva Software: Empresa francesa que nasceu da fusão da Mandrake Software com a brasileira Conectiva Informática, fica na segunda posição. Possui as versões free, one (ambas grátis) e a powerpack(paga em regime de assinatura).
A versão Free vem apenas com softwares livres open source, enquanto a versão One vem com um mix de softwares livres e alguns softwares proprietários e a versão Powerpack é a versão paga, que traz diversos softwares exclusivos, como o Cedega(para jogar jogos windows), e uma coleção de codecs proprietários para se ter multímidia out-of-the-box.
No setor de servidores, a Mandriva mantém uma distro enterprise com versões tanto para desktop corporativo quanto para server.
É uma distro madura, tem ferramentas fantásticas (uma delas, o famoso Drakconf) e, possui versões abertas e livres de seus softwares para a comunidade.
Não fechou nenhum acordo sinistro de licenciamento e se mantém fiel aos ideais das 4 liberdades da GPL.

Canonical: A empresa por trás do amado Ubuntu Linux vem na terceira posição.
Canonical Ltd é uma empresa privada fundada (e financiada) pelo empresário sul-Africano Mark Shuttleworth para a promoção de projetos de software livre. Canonical está registado na ilha de Man e emprega funcionários em todo o mundo, juntamente com seus principais escritórios em Londres, o escritório de apoio em Montreal e da equipe de OEM, em Lexington, Massachusetts, E.U.A. e Taipei, Taiwan.
A empresa possui uma linha de produtos em torno da distribuição Ubuntu, que é seu carro chefe. Seus produtos incluem:

  • Ubuntu, distribuição Linux baseada no Debian com desktop GNOME.
  • Kubuntu, distribuição Linux baseada no Debian com desktop KDE no lugar do Gnome.
  • Xubuntu, distribuição Linux baseada no Debian com desktop XFCE e otimizada para ser mais leve e rodar em hardware mais antigo.
  • Edubuntu, o núcleo Ubuntu melhorado especialmente para o ambiente educacional ou de clientes magros (Thin Clients).
  • Gobuntu (descontinuada), uma variante do Ubuntu consistindo inteiramente de software livre.
  • Lubuntu, o núcleo Ubuntu com o econômico e leve desktop LXDE no lugar do Gnome, para rodar em hardwares com baixas especificações(netbooks).
  • Ubuntu JeOS, uma eficiente variante do núcleo Ubuntu, desenhada para ser executada em máquinas virtuais.
Fora os produtos da linha Ubuntu, a Canonical tem mais alguns produtos Open Source, como Bazaar, Storm, Upstart e Quickly.
Agora, uma empresa que tem uma forma de distribuição gratuita de Linux (o Shipit), não tem versão paga para a distro desktop e é uma das mais amigáveis existentes, como pode estar em terceiro lugar ?
Explico: As estratégias da empresa, costurando alianças e acordos, pode prejudicar a liberdade dos seus usuários. Fechou acordo com a MPEGLA para licenciar o codec H.264, que é uma ameaça a vídeos livres na web, e, em qualquer lugar, devido as patentes envolvidas. Permite a contaminação do Ubuntu com o software Mono e suas bibliotecas (sobre o perigo do Mono, falarei mais adiante) e, por usar uma estratégia predatória para conseguir market share, as ações da Canonical devem ser observadas bem de perto.

Google Inc: A empresa número 1 em buscas aparece aqui numa quarta posição, e, surpreendentemente, melhor até que outra empresa de software (da qual falarei na sequencia).
A Google Inc é uma empresa bastante querida dos usuários em geral, possui bons produtos, um lema muito interessante (Don't be Evil) e, é sinônimo de competência com seus serviços.
A sua relação com o Open Source é muito boa, já que empresa sempre trabalha para disponibilizar tanto suas ferramentas como seus softwares em licenças abertas, para poderem ser utilizados por toda a comunidade. Possui duas distribuições Linux, Android, para telefones celulares e Google Chrome, a distribuição focada em computação nas nuvens(cloud computing).
Dois exemplos recentes da benevolência Googliana com o open source são: O padrão de comunicação Google Wave(que, infelizmente, falhou em atrair atenção do público) e o codec WebM, que a Google pretende que seja o padrão dos vídeos para o HTML5.
Porém, não podemos nos esquecer que a Google Inc não é uma empresa de software, é uma empresa que usa o software open source como um meio para atingir os seus fins. Assim, ela não é uma empresa open source. Alguns exemplos de tirania da Google são: o fechamento do CyanogenMod do Android(um mod do sistema operacional para celulares que trazia as Google Apps já instaladas) e as recentes conversas com a Verizon, que ameaçam a neutralidade da rede.  Claro que a benevolência Googliana tem suas razões, e, a maior delas é o data mining, essencial para o negócio de buscas e propaganda da Google. Por essas e outras, temos que estar atentos para que a Google Inc não se torne má(Do not become Evil).


Novell: A histórica empresa de Waltham, US, que foi uma das pioneiras da computação em rede, nos primórdios da computação empresarial, agora é uma empresa que fornece soluções baseadas em Linux e open source.
Linux foi um dos componentes chaves para a remodelação da empresa e sua adaptação aos novos tempos, pós Novell Netware, que foi um dos seus mais bem sucedidos produtos, nos anos 90.
Mas, não devemos nos esquecer que a Novell Inc não é uma companhia open source, mas, que viu no Linux e no open source uma oportunidade de se manter relevante, no acirrado mercado da computação cliente-servidor. Na verdade, a Novell tentou atrair os clientes de sistemas Unix e mesmo de seus sistemas Netware, no início dos anos 2000, já que estava havendo uma migração para outras plataformas.
Infelizmente, a Novell não teve muita sorte nas suas estratégias, ficando sempre atrás da Red Hat, às vezes no segundo lugar, às vezes no terceiro, e, por conta do fatídico acordo com a Microsoft, começou a atrair antipatia dentro da comunidade open source. Pior, ela ainda descuida de projetos open source para desenvolver linguagens e frameworks alienígenas ao Linux, como o Mono, que é baseado na tecnologia .NET da Microsoft, esvaziando o desenvolvimento de aplicações nativas para a arquitetura Linux.
A Novell ainda é a gestora do Suse Linux Enterprise e do Open Suse, que é uma importante distribuição Linux, e, por isso, deve ser muito bem observada.
Recentemente, diversos boatos de compra da Novell apareceram. Por isso, não é uma questão de SE a Novell será comprada por outra companhia, mas, quando isso irá acontecer.

Continua


As Corporações e Você: Quem é quem no Open source - Parte2

Continuação da parte 1


Neutras

International Business Machines, a centenária empresa de computação, com o foco voltado para a computação empresarial, é uma empresa com muitos projetos voltados ao open source: Eclipse, o framework, o desenvolvimento do kernel Linux, que a IBM auxilia com programadores contratados para isso, SElinux, Xen, dentre muitos projetos, os quais não cabem aqui.
A IBM começou a se envolver com o Linux em 1998, e, com o Linux, viu uma oportunidade de agregar valor ao serviço que já prestava. Como o Linux é excelente na escalalibilidade, desde projetos médios até projetos de supercomputadores, a IBM passou a utilizar Linux em suas atividades.
Em 1999, criou o Linux Technology Center, para integrar o Linux aos serviços que ela já prestava, como também para melhorar o kernel Linux para seus produtos. Um dos resultados  foi a disponibilização do kernel Linux para diversas plataformas: x86, mainframe, PowerPC, e mais recentemente, os processadores Cell(Playstation 3).
IBM encontrou no Linux uma ferramenta para continuar relevante no cenário da computação cliente-servidor. Ela não possui uma distro, mas apoia igualmente o Red Hat Enterprise Linux e o Suse Linux Enterprise em seus servidores.
Sendo uma empresa que tanto apoia o Linux, como aqui está classificada como neutra ? Há várias razões para isso.
A empresa apoia o Linux apenas onde ele é necessário para que ela tenha sucesso no mercado, não fazendo nada mais por ele. Bob Sutor, vp de Linux e open source, disse em 2009, que o Linux no desktop era uma batalha perdida.Ora, uma batalha perdida que rende alguns bilhões de dólares para a big blue, e, ainda a torna relevante no momento atual ? Nossa, um pouco de esforço pelo Linux como um todo seria bom, não?
Outro aspecto em que a IBM peca, e, se coloca em cima do muro, é a questão de patentes de software, na qual ela se diz uma empresa que apoia o Linux e o open source, e, ao mesmo tempo, é a favor de patentes de software. Recentemente, a IBM mostrou que poderia usar seu portfólio contra uma empresa que desenvolvia um produto baseado no emulador Hercules.


Yahoo:Yahoo, empresa de tecnologia, foi fundada por Jerry Yang e David Filo em janeiro de 1994 e foi incorporada em 1o março de 1995.
A empresa é mais conhecida por buscas online e serviços online diversos, mas, teve diversos projetos open source sob sua tutela(talvez o mais conhecido seja o Zimbra, servidor de e-mails / groupware open source compatível com o MS Exchange) , e, foi vendido para a VMware in janeiro desse ano.
Existem muitos outros projetos open source sendo desenvolvidos ainda pela Yahoo, tais como: 
Sendo o Hadoop, OAuth e o OpenID os mais famosos. A partir de 2008, a empresa sofreu uma tentativa mal sucedida de compra pela Microsoft, e, depois da substituição do CEO Jerry Yang pela sra. Carol Bartz, finalmente a Microsoft conseguiu tomar conta da Yahoo. Diversos projetos Open Source dentro da Yahoo foram extintos, colocando dúvidas se a empresa vai levar adiante seus projetos depois da tomada disfarçada pela Microsoft.


Neutra-Hostil

Nessa classe, temos apenas uma empresa. Mas, essa vale por todas. Diria-se que, com amigos como a Oracle, o Open Source não precisa de inimigos.

Oracle: Empresa fundada em 1977, por Larry Ellison, Bob Miner e Ed Oates, a Oracle sempre foi uma empresa de software proprietário, e, sua relação com o Open Source nunca foi das melhores.
Há 3 anos atrás, não tendo conseguido comprar a Red Hat, a Oracle criou uma distribuição Linux baseada no código fonte do RHEL, o Oracle Unbreakable Linux. Ou seja, não conseguiu o seu intento, mas, achou uma forma de se aproveitar do trabalho e da genialidade da Red Hat. E pior, ainda passou a oferecer aos clientes da Red Hat a sua versão de Linux, por preços muito mais baixos. Concorrência desleal é pouco. Recentemente adquiriu a Sun Microsystems e encerrou o sistema operacional Open Solaris, pondo em dúvida o futuro de diversos projetos Open Source que eram desenvolvidos pela Sun (MySql, Open Office, Virtual Box e outros).
Para coroar as desastradas ações da Oracle, em 12 de agosto de 2010, a empresa processou a Google, Inc por quebra de patentes relativas ao Java em sua plataforma móvel, o sistema operacional Android.
E, o próprio Larry Ellison declarou, em 2006: "Se um produto Open Source ficar bom mesmo, a gente vai lá e pega" , demonstrando que não teria nenhum escrúpulo em se aproveitar do trabalho da comunidade Open Source.

Continua

As Corporações e Você: Quem é quem no Open source - Parte3

Continuação da parte 2


Hostis
Finalmente, a categoria mais esperada. As empresas que, com suas ações(ou omissões) atingem o Open Source, com intento de destruí-lo ou descaracterizá-lo.


Apple: A empresa número um em gadgets (caros) de tecnologia, a Apple possui ligações profundas com o Open Source. Alguns projetos estão intimamente ligados a ela.
A Apple, obviamente, ama os projetos BSD, que lhe permitem sugar o que puder da comunidade, e não dar nada em retorno. Tanto que baseou seu MacOSX num núcleo BSD, colocando uma gui proprietária em cima (Quartz).
Mas, não é só isso: Webkit, o engine por detrás do Google Chrome, começou como um fork do Khtml, o engine de rendereização HTML do KDE.
A Apple se aproximou dos desenvolvedores do KDE em 2002 e se aproveitou muito bem do trabalho deles. Mas, como era de se esperar, na hora de incorporar o trabalho da Apple de volta ao código do KHTML, a empresa dificultou de todas as formas possíveis o acesso dos programadores do KDE as mudanças que tinham feito no código, pedindo NDA's e alegando estar protegendo segredos comerciais.
A relação ainda hoje não é das melhores, e, mesmo com a abertura de código do Webkit pela Apple(licença parte BSD, parte LGPL), ainda se teme pelo futuro do KHTML, componente essencial do browser Konqueror do KDE.
Mas, não é só isso. A Apple ainda possui um ponto vital para o Linux, o CUPS, o sistema de impressão adotado por todas as distribuições Linux, que a Apple passou a usar em 2002, no seu MacOSX, e, acabou comprando a companhia em 2007.
E, houve mudanças em sua licença, sendo parte LGLP, e, parte proprietária(após a aquisição pela Apple). Mas, mais uma vez se observa o hábito da Apple de se aproveitar do melhor do trabalho alheio, sem muita preocupação em dar algum retorno para quem o produziu.
E, não podemos nos esquecer que a Apple processa a HTC, fabricante de celulares asiática, por causa do sistema operacional Open Source Android. Então, é uma empresa que pode ser muito prejudicial ao Open Source.

Microsoft:  Microsoft tem uma antiga relação com o Open Source. Na época do windows 95/NT, o stack TCP/IP dele foi "inspirado" no BSD. Sim, a Microsoft ama o Open Source. Ama se apropriar dele, cobrar caro e não dar nada em troca para ninguém.
Mais recentemente, a Microsoft, num gesto de "boa vontade" com a comunidade, criou o seu próprio portal web para acomodar projetos Open Source, a Codeplex foundation e, já tinha há algum tempo um portal para desenvolvedores, o Port25.
Mas, que surpresa quando "apareceu" uma ferramenta para instalação do windows 7, que tinha código muito parecido com um projeto que estava hospedado no Codeplex. Que feio Microsoft, se apropriando sem nenhuma vergonha dos projetos no Codeplex foundation.
Mas, não foi só isso: Código sendo usado no supervisor de virtualização, Hyper-V, também tinha traços de cópia de projetos Open Source. O que a Microsoft, rapidamente, tornou uma "doação" para os drivers do kernel Linux.
No mesmo espírito de "inspiração" pelo trabalho alheio, Microsoft também se inspirou no Plurk para criar seu MSN Juku. Claro, teve que tirar do ar depois que foi pega com a boca na botija.
Há algum tempo atrás, processou a Tom Tom, fabricante de dispositivos GPS, sobre patentes de sistemas de arquivos.  E, recentemente, processou a Salesforce, de forma agressiva e não provocada, já que seu sistema de CRM não consegue competir com o sistema Open Source da Salesforce.
Isso sem falar dos acordos com Novell, HTC, Samsung, LG, que adiciona uma taxa "imaginária" de licenciamento de patentes, para que se possam usar projetos Open Source, dos quais Microsoft nunca participou e, jamais quis que prosperassem.
Fora o Mono/Moonlight, que é uma bomba de tempo, que habilita a Microsoft a tomar atitudes como o processo da Oracle contra a Google. Ou seja, se o Mono/Moonlight não for ejetado do ambiente Linux, poderemos ver, num futuro não muito distante, mais ações ridículas como a da Oracle.

Menções (dis)Honrosas
As empresas citadas a seguir são empresas que violaram a GPL em algum momento, ou continuam a violar até hoje.
E, esta lista pode mudar, a qualquer momento. Esperamos que aumentem as empresas amigas do Open Source e seguidoras da GLP.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Blogagem Coletiva de repudio ao AI5 Digital – 31/08

Amigos, os adoradores do AI5Digital e da ditadura,  os amantes do vigilantismo, os defensores dos direitos econômicos em detrimento dos direitos civis que formam o tripé do atraso, estão se movimentando para aprovar o famigerado e monstruoso AI5Digital que há muito deveria ter sido fulminado, destruído e acabado.
A turma do Grande Irmão: Azeredo, Febraban, Fecomercio e outros do mesmo quilate estão fazendo uma força tremenda para nos empurrar o AI5Digital guela abaixo de qualquer forma, vamos aos fatos:
  1. A mídia continua repetindo o Mantra da Irracionalidade contra a Internet
  2. No dia 05/08/10  O Deputado Pinto Itamaraty do PSDB apresentou parecer favorável ao AI5Digital, ignorando todos os argumentos e movimentos sociais dos últimos três anos.
  3. Seis dias depois aparece uma matéria dizendo que os Deputados buscarão acordo para votar a lei de crimes na Internet.
  4. E agora um evento para lá de esquisito organizado pela revista Decision Report, uma publicação que parece estar à serviço do Azeredo e do vigilantismo, se anuncia para o dia 31/08 com o título oportuno (para o tripé do atraso) de: Crimes Eletrônicos – A urgência da lei. O curioso e que este evento conta com 19 palestrantes para falarem em 2:30h, o que dá um pouco mais de 7 minutos para cada um.
Por estas e por outras que estamos convocando uma blogagem coletiva para o dia 31/08/10, justamente no dia do tal evento à serviço do Azeredo e do AI5digital, vamos fazer uma blogagem coletiva contra o AI5Digital para lembrar a todos que queremos a Internet como um espaço livre e democrático!!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Diablo + Fallout = FreeDroid


FreedroidRPG é um maduro projeto de jogo sci-fi  RPG de perspectiva isométrica.
Ele se esforça em proporcionar um ambiente imersivo apoiado por gráficos refinados, faixas de música e efeitos sonoros.
Além das fases de ação hack'n'slash, diálogos com dezenas de
NPCs se encarregam  de contar a história. O jogador pode lutar com armas de contato ou à distância, assumir o controle de seus inimigos por "hacking", e executar códigos remotamente nos robôs inimigos.

Originalmente baseado no jogo freedroid Classic, este projeto se distanciou muito do jogo original.

O jogo conta a história de um mundo destruído por um conflito entre os robôs e seus mestres humanos.
Jogue como o Tux em uma missão para salvar o mundo dos robôs assassinos rebeldes, que não conhecem  misericórdia.
Você escolhe qual o caminho que deseja seguir, e, a liberdade de escolha está em toda parte no jogo.

FreeDroidRPG apresenta um sistema completo de combate em tempo real com armas de contato e armas de longo alcance, bastante semelhantes
ao proprietário jogo Diablo. Há também um sistema inovador de magia,
com características tais como invocação forçada (forced casting) e mais de 20 feitiços.
Você pode usar mais de 50 tipos diferentes de itens e lutar contra inúmeros inimigos no caminho para seu destino.
Possui um sistema de diálogo avançado, que pretende ser, pelo menos, no nível de Fallout.
Os diálogos do jogo representam uma grande parte do jogo.
Finalmente, se as armas são muito imprecisas e lâminas muito desajeitadas, você sempre pode hackear seus inimigos
e fazê-los lutar ao seu lado.

Este jogo ainda está em pesado desenvolvimento e é muito provável que mude no decorrer do processo, mas, já é 100% jogável.

Site: http://freedroid.sourceforge.net

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Starcraft 2 no Linux com o Wine - Como Fazer


Okey- Eu já mencionei antes que eu jogo Starcraft 2 no meu Linux sem problemas.
Desde o lançamento oficial do jogo há alguns dias atrás eu fui ficando com um bom tráfego naquelas duas páginas - por isso pensei em fazer um HOWTO rápido sobre como rodar o Starcraft 2 na sua distro Linux preferida. O jogo funciona no Wine 1.2 e / ou Crossover Games 9.1 com um pouquinho de trabalho (no Crossover Games é mais fácil fazê-lo rodar).
Já que grátis é bom eu vou falar primeiro como fazer pelo WINE.
Primeiro, baixar e instalar o Wine 1.2 em seu sistema. Em seguida, execute os seguintes comandos no terminal:

cd ~/Downloads
wget http://winezeug.googlecode.com/svn/trunk/winetricks
chmod +x winetricks
./winetricks droid fontfix fontsmooth-rgb gdiplus gecko vcrun2008 vcrun2005 allfonts d3dx9 win7
winecfg

Na janela de configuração que abre vá para a aba bibliotecas e digite mmdevapi na caixa Nova substituição para a biblioteca e clique em adicionar. Agora, procure na lista das substituições existentes por mmdevapi clique em Editar e configure para desativada. Por fim, clique na guia áudio e configure-a para alsa.
A partir da versão 9.1 do Crossover, Starcraft 2 está listado como "oficialmente suportado" e, como tal, você vai ver que tem uma entrada no instalador automático de jogos.
O único problema é que depois do jogo ter sido instalado o processo StarCraft 2 pendura - o que significa que o Crossover nunca sabe que o jogo terminou de instalar e desta forma nunca cria os itens de menu para ele.
Por sorte há uma solução simples para isso - depois de terminada a instalação de Starcraft 2, abra o seu sistema monitor de processos e procure por qualquer processo rebelde de Starcraft 2 e finalize-o.
Depois de ter feito isso, o instalador do CrossOverGames saberá que terminou de instalar o jogo e irá criar as entradas de menu como deveria.
Também - se você está tentando instalar a partir do CD vendido no varejo (com Wine ou Crossover) você pode precisar montar manualmente o disco devido a um problema com o auto mounter para PC/Mac. Para fazer isso, execute os seguintes comandos no terminal:

sudo umount /media/SC2*
sudo mount -t udf -o ro,unhide,uid=$(id -u) /dev/cdrom /media/cdrom

Eu testei os métodos acima no Ubuntu 10.04, mas devem ser aplicáveis a qualquer distribuição Linux moderna.
Caso algum problema apareça, sinta-se livre para deixar um comentário abaixo e eu farei o melhor para ajudar a resolver o(s) problema(s). Feliz jogo!!!

Agradecimentos especiais ao Sr. Jeff Hoogland, que gentilmente permitiu a tradução de seu artigo original http://jeffhoogland.blogspot.com/2010/07/howto-starcraft-2-on-linux-with-wine.html

Special thanks to Mr. Jeff Hoogland, who kindly permitted the translation of his original post http://jeffhoogland.blogspot.com/2010/07/howto-starcraft-2-on-linux-with-wine.html

domingo, 1 de agosto de 2010

Resolvendo o Congelamento do APT-GET / Synaptic


Recentemente passei por um problema com o Synaptic/APT-GET, e, gostaria de dividir com vocês uma maneira simples de resolver esse problema.

APT-GET - Uma sacada Genial
APT-GET é uma ferramenta muito boa para se trabalhar com instalação de pacotes. Existem outras, mais recentes, mas, a robustez, confiabilidade e facilidade da ferramenta APT-GET lhe dão um lugar de destaque nas principais distros.
Nascida na distro Debian, foi portada para as distros com pacotes RPM pela nossa saudosa Conectiva.
A ferramenta APT-GET busca dos repositórios listas de dados sobre todos os pacotes da distribuição, e, constrói um banco de dados relacionando os pacotes, suas dependências, quais pacotes novos no repositório, quais estão deprecados e assim por diante.

Quando se faz um apt-get update ou se aperta o botão recarregar do Synaptic, diversas listas são baixadas dos repositórios, e, dessas listas se constrói um banco de dados que relaciona todos os pacotes.
Bem, quando há algum problema nessa fase do procedimento, no momento de baixar as listas ou de construir o banco de dados, pode botar tudo a perder. E, isso aconteceu comigo.
No momento de gerar o banco de dados, houve uma corrupção de arquivos. Resultado: Nem o apt-get funcionava mais, e nem o Synaptic.

Nada de Pânico, a solução é Simples
Quando isso aconteceu comigo, fiquei preocupado, já que não estava vendo uma solução: O Synaptic congelava e o apt-get (na linha de comando) também.
Pensei... Formatar e reinstalar ???
Foi quando comecei a pesquisar um pouco mais a fundo sobre o apt-get e o Synaptic (ou, qualquer outro front-end gráfico, AdePT, APTitude, etc...)
E, a solução é bem simples. Os passos que darei aqui são relativos a distros que usam pacotes RPM, mas, a analogia pode ser feita para distros baseadas em pacotes deb também.

  1. Procure o seguinte o diretório /var/lib/rpm
  2. Nesse diretório vão estar os arquivos do banco de dados do apt-get/synaptic. São arquivos com a seguinte nomenclatura __db.000 por diante. Dependendo do tamanho dos repos, poderão ter diversos arquivos assim.
  3. A seguir, apague todos os arquivos __db que existirem nesse diretório. Claro que você deverá estar logado como root. E, muito cuidado se for fazer rm -f. O ideal é usar um gerenciador de arquivos gráfico aqui, para você ver quais arquivos vai apagar e não cometer nenhum erro.
  4. Depois de apagar os arquivos __db, digite os seguintes comandos: #rpm -v --rebuilddb . Isso vai reconstruir o banco de dados do apt-get
  5. Se tudo correr bem, você poderá, a partir de agora, usar o comando apt-get e seus front-ends gráficos sem problemas. E, sem precisar reinstalar sua distro.

Essas dicas são válidas para as distros baseadas em pacotes RPM: Red Hat, Mandriva, PCLinuxOS, CentOS e Fedora. Mas, com as devidas adaptações, podem rodar em distros com pacotes deb.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cinco Razões Para Evitar o MS Office 2010



Você já viu o novo Microsoft Office 2010 ? Quantas de suas (poucas) novas funcionalidades sua empresa realmente precisa? E, será que por estes poucos novos recursos, vale a pena o investimento? Aqui estão cinco razões para não comprar o Office 2010.

1. Não Há mais atualizações

Você pode acessar o site da Microsoft agora e comprar uma das três versões do Office 2010.
A versão Office Professional custa US$ 499,95, a Home & Business, US$ 279,95 e a Home & Student é US$ 149,95.

O que se tem no Brasil são apenas versões do Office 2007, as quais estão sendo colocadas em promoção, obviamente, para limpar as prateleiras para o novo produto.
A Microsoft está oferecendo uma promoção de comprar a versão 2007 e ganhar a atualização para a versão 2010 gratuitamente. Mas, apenas se for comprado entre 5/03/10 e 30/09/10.

Agora, aqui no país, mesmo em promoção, os preços estão salgados demais:
  • Office 2007 Professional Full - R$ 1.499,00
  • Office Standard 2007 – R$ 799,00
  • Office 2007 Home & Student – R$ R$ 199,00

Depois do Windows Millennium, Windows Vista, a bomba da interface Ribbon no Office 2007, e o finado celular Kin, esta é a pior decisão de marketing que a Microsoft já fez. Se esses outros quatro tropeços ainda não mudaram a imagem que se tem sobre a Microsoft, esta nova política de atualização certamente irá deixá-lo doente. Talvez este seja um bom momento para largar o rei do software proprietário e começar a procurar outras opções. Claro que sempre existe a Camelô edition, mas, comprar um piratex é se expor a riscos de infecção e perda de dados...

2. Programas Grátis/Livres alternativos

Falando de outras opções, há sempre alternativas, como o OpenOffice, um semi-clone do Microsoft Office que tem o download liberado para quem quiser.
Existem algumas áreas que no Open Office que podiam ser melhoradas, uma comparação lado a lado entre os dois mostra algumas diferenças no visual, tais como gráficos, animações e efeitos especiais. Mas a Microsoft nunca foi forte em recursos gráficos, por isso você não vai perder muito mudando para o OpenOffice.

Outros programas alternativos incluem o IBM Lotus Symphony, Google Docs, Zoho - todos grátis - e ThinkFree, que tem tanto uma versão grátis quanto uma versão com assinatura. Todos estes programas oferecem recursos e funcionalidades similares ao Microsoft Office, e alguns são realmente melhores, alguns são apenas ok. No entanto, já que eles são grátis, não custa nada experimentá-los, só o tempo do download. E, para nosso país, a versão localizada, BR Office, é muito boa, com recursos como dicionário da reforma Brasil-Portugal de 1990 saindo na frente do Office da Microsoft. É, uma das vantagens do Open Source é a rapidez da comunidade.

3. Poucos novos recursos, nenhum impressionante

Microsoft redesenhou o grande botão redondo do Office . Eles acrescentaram um botão Ignorar no Outlook, que elimina as mensagens selecionadas e todas as mensagens atualmente na sua caixa de entrada, além de todas as futuras mensagens relacionadas a esse segmento de mensagens - ou você pode apenas marcar as mensagens indesejadas como lixo. Eles também acrescentaram um novo botão chamado Screenshot que permite tirar fotos de dentro da tela do programa - ou você pode pressionar Alt-Tab para sair e usar o Alt-Print Screen no seu teclado.

Você pode salvar documentos do Word para o SharePoint - ou simplesmente copiar e colá-los nele(SharePoint). Você pode adicionar gráficos de linha em miniatura para células individuais do Excel - ou simplesmente encolher os gráficos normais e colocá-los na tela em qualquer lugar que quiser.
E OneNote agora tem código de cores. Para os gráficos, as novas ferramentas de edição de fotos fornecem alguns simples efeitos artísticos. Você pode inserir imagens no Word, Excel, e PowerPoint, e, usar esses efeitos, que são genéricos e se parecem com efeitos antigos do Photoshop, Paint Shop Pro, e Corel Paint. Mas, nem um pouco versáteis ou poderosos.

Outros novos recursos incluem visualização da figura a ser colada, de modo que você pode visualizar a página antes de você colar itens em seu documento - ou você pode apenas ir em frente e colar os itens e selecione desfazer se você não gosta de como vai ficar.
No Word, há um novo painel de navegação de arrastar e soltar, mas ele só funciona se você usar os estilos do Word para definir cabeçalhos e subtítulos e assim por diante.
E agora você pode criar vídeos ou pode converter apresentações de PowerPoint em vídeos - esta uma característica pode ser útil se a Microsoft tiver melhorado as limitações de tamanho dos gráficos.

Há algumas outras características de menor importância. No entanto, eu ainda não acho que estes recursos sejam algo para se ficar entusiasmado, e, certamente, não valem o preço que estão cobrando na etiqueta do novo Office 2010.

4. Ribbon mudou, mas ainda é uma bomba

A barra de ferramentas Ribbon foi adicionada a todos os outros programas do Office Suite, incluindo o Outlook e o OneNote. Bom, isso é maravilhoso. Eu odiava isso no Office 2007 e ainda odeio. Depois de usá-la durante semanas e amaldiçoando-a diariamente, eu finalmente comprei um programa de terceiros que, quando instalado, redesenha a barra de menus Ribbon de volta para o aspecto dos menus antigos do Office 2003. Então eu criei duas planilhas idênticas e realizei as mesmas tarefas em cada uma delas, uma com a barra de menus Ribbon e a outra com os antigos menus da versão 2003.
A planilha com a barra Ribbon levou quase o dobro do tempo para ser concluída. No entanto, como um ensaio preliminar não é realmente justo, eu criei quatro planilhas e mais meia dúzia de documentos Word, todos com os mesmos resultados.

A única mudança real que vale a pena mencionar na barra Ribbon é sua capacidade de personalizar os menus. Se eu for obrigado a usar este programa como um resultado de algum trabalho que eu assumir, a primeira coisa que vou fazer é personalizar a interface Ribbon inteira para assemelhar-se, tanto quanto possível, aos menus drop-down da versão 2003, que foram mais eficientes nos meus testes.

5. Edição simultânea

Por último, Microsoft e diversas análises que eu li, todos alardeando esta nova capacidade para realizar a edição simultânea de documentos, que nada mais é do que um recurso de documentos compartilhados. Se você deixar um documento aberto em um computador, e, em seguida, tentar abri-lo em outro, compartilhado, na mesma rede, você recebe a mensagem “arquivo em uso”, com opções para somente leitura, criar uma cópia, ou notificar quando o arquivo estiver disponível. Com o Office 2010, você pode editar o original ou permitir que múltiplos usuários editem o mesmo documento simultaneamente.
A barra de status do Office 2010 informa quais outros usuários estão no mesmo documento e as mudanças que eles estão fazendo. Você também pode sincronizar os documentos em seu disco rígido com os originais em um servidor.

Esta não é uma função legal. Na verdade, cria mais confusão do que vale, especialmente se você já usou o Adobe Acrobat para executar essas mesmas tarefas. Toda vez que eu já usei compartilhamento e colaboração no Acrobat, resultou num verdadeiro caos, com um usuário mudando o que outro usuário recém escreveu ou editou, causando conflitos entre todos os participantes, porque o original já não está disponível. A menos que alguém tenha tido a clarividência de fazer uma cópia de backup.
E a opção de sincronizar os documentos não é grande coisa também. Quase todos os programas de terceiros, vão sincronizar arquivos entre dispositivos, incluindo seus servidores.


Veredito
Assim, o veredito é: esqueça o Microsoft Office 2010. Não vale o preço que estão pedindo por ele, os poucos recursos atualizados, a curva prolongada de aprendizagem, a menor eficiência, ou as dores de cabeça.

Tente uma das alternativas livres ou dê uma chance ao Corel WordPerfect Suite. No site da Corel, a versão profissional completa do Office X5 custa US$ 399,99, US$ 100 a menos do que o Office 2010, e a versão de atualização é apenas US$ 259,99.

Além disso, a Microsoft sempre foi péssima com as opções gráficas e programas, ou seja, eles são lentos, gastam memória intensivamente, e travam seu computador, se você usar demais ou tentar usar imagens de alta resolução. Corel e Adobe tem sido sempre superiores à Microsoft na área gráfica.
Bem, podemos sonhar que a Adobe vai criar uma suíte de escritório, para complementar a sua Creative Suite, não é mesmo ?

sábado, 24 de julho de 2010

Synfig e o Projeto Morevna


O Open Source e o Linux proporcionam gratas surpresas. E, uma dessas é o software Synfig.

O que é Synfig
Synfig é a criação de Robert Quattlebaum, o desenvolvedor principal. Ele passou 3 anos aprimorando o software e, sua intenção era usá-lo na sua companhia de animação, Voria Studios.
Ele saiu do secundário e começou a frequentar um curso técnico na DigiPen Institute of Technology, uma instituição de ensino especializada em games, artes gráficas digitais e engenharia, localizada em Redmond, Washington. Ele passou a ser muito respeitado, tanto por professores como por seus colegas, por programar de forma elegante e limpa.
Quando no DigiPen Institute, Robert expandiu seus horizontes, e, passou a se interessar por artes digitais e animes.
Estudando animação, nasceu a necessidade de lidar com um programa que pudesse auxiliá-lo com todos os passos da criação, desenho, storyboard e etc...
Quando perguntou a um de seus colegas qual software poderia ser utilizado, ficou surpreso com as opções que existiam, e, nenhuma delas o satisfez.
Começou então o que seria o desenvolvimento do software Synfig, e, logo após sair do DigiPen institute fundou sua empresa, que iria vender sua ideia e seu software, o Synfig.

O Vídeo que deu origem a tudo

O que o Synfig faz
Como um verdadeiro aplicativo front-end e back-end, é possível esquematizar a animação no front-end - Synfig Studio - e processa-la mais tarde com o backend Synfig Tool em outro computador (possivelmente mais potente), em uma rede, mesmo sem um monitor conectado.
O objetivo dos desenvolvedores foi criar um programa que é capaz de produzir animação com qualidade cinematográfica com poucas pessoas e recursos. O programa oferece uma alternativa à interpolação manual para que o animador não tenha que desenhar cada frame de animação.
Com o Synfig, o animador desenha as chamadas Key Frames (figuras chave) e instruí o programa qual o movimento deve ser feito para a próxima Key Frame (figura chave). O programa Synfig gera as animações entre os frames, as chamadas in between frames. Assim, o trabalho fica muito mais facilitado, tirando dos seres humanos as tarefas mais pesadas.
Em sua versão mais recente, 0.62.01, de 31/05/2010, o Synfig passou a ter uma integração perfeita com gráficos SVG, podendo ser usado facilmente em conjunto com o InkScape, onde o artista usa o InkScape para gerar as Key Frames e o Synfig faz a animação.
Synfig exporta as animações nos seguintes formatos: AVI, Theora, MPG, MNG e GIF.
O Projeto Morevna
Desde Maio de 2008 , um grupo de voluntários russos vêm trabalhando para fazer um projeto de filme de animação chamado projeto Morevna. Eles têm feito atualizações regulares desde então no site Morevnaproject. O Free Software Magazine recentemente publicou um artigo sobre o projeto.
O Projeto Morevna não usa apenas o Synfig, mas, também o Blender, para criar os modelos de veículos e paisagens, e o Synfig para animar os personagens em 2D
Demo do Morevna Project

Agora, você já pode criar animações no Linux sem depender do software Adobe Flash, que era a única forma de criar animações, antes do Synfig.

domingo, 18 de julho de 2010

Faça a Sua Própria Distro Linux


Não está contente com as distros que existem por aí ??? Gostaria de ter o programa X, o ambiente gráfico Y e o kernel Z, mas não encontra uma forma de fazer isso ??? Calma, não procure mais, seus problemas se acabaram: Linux permite que você construa sua própria distribuição customizada. E, com mais de uma opção para isso.
Vou ilustrar algumas formas de você construir sua própria distribuição Linux. Na verdade, algumas são formas de se fazer um remaster de uma distribuição Linux, enquanto uma opção é a criação de uma distro totalmente diferenciada, do zero.

As Opções de Construir uma Distro Linux:
  • Reconstructor (Para distros baseadas no Debian/Ubuntu)
  • Suse Studio(Para distro baseada no Open Suse, formato RPM de pacotes)
  • Slax (Para distro baseada no Slackware)
  • Nimblex (para distro baseada no Slackware)
  • Linux From Scratch (Cria uma distribuição Linux do zero, sendo compilados todos os seus pacotes)

Reconstructor
Reconstructor é uma ferramenta de customização e criação de distribuições Linux. Permite a personalização das distribuições Ubuntu e Debian GNU / Linux. Personalizações incluem: figura do logotipo no boot, cor do texto, papel de parede, temas, ícones, aplicativos e mais.
Reconstructor recentemente se tornou compatível com a distribuição Ubuntu 10.04. Já há algum tempo é compatível com a distribuição Debian Lenny.
Para usar o Reconstructor, você só precisa de um browser moderno (Firefox, Safari, Chrome, etc) com Javascript habilitado. Internet Explorer não é recomendado, mas se você for usá-lo, Reconstructor só é garantido de funcionar com o Internet Explorer 8.
Você precisa criar uma conta com Reconstructor antes que você possa prosseguir. A conta é gratuita e requer apenas cerca de 5 campos de informações do seu lado. Depois, logue-se no site. Comece criando um novo projeto. Dê ao seu projeto um bom nome, descrição e versão. Você pode então escolher a distro em que você deseja basear o seu projeto, e, com apenas alguns cliques, vai começar a construir sua distribuição personalizada.
O Reconstructor Build Service é gratuito para usar até um determinado montante.
As taxas são as seguintes:
  • Carregar e armazenar um arquivo de projeto: US $ 0,02 por MB por mês
  • Criar um projeto: $ 0.30
  • Download um projeto : US $ 0,45 por GB
Project Hosting
  • Armazenamento do arquivo: 0,45 dólar por GB por mês
  • Download: 0,35 dólares
Reconstructor também possui um aplicativo local para remasterização de distribuições, que pode interagir com projetos já montados pela interface web.

Suse Studio
SUSE Studio é um serviço gratuito de hospedagem que torna possível a criação de aplicações de software personalizadas, combinando o software com o sistema operacional SUSE Linux Enterprise.
SUSE Studio é uma ferramenta de criação online Linux da Novell, Inc..
Os usuários podem desenvolver o seu próprio sistema operacional Linux, principalmente escolher quais as aplicações que querem em seus Linuxes personalizados e qual a sua aparência.
Além disso, podem ser escolhidas entre as versões Home e Enterprise, GNOME, KDE, e uma infinidade de outros recursos.
Você pode criar um sistema totalmente funcional com o Firefox, gráficos 3D, e tudo o que você puder encontrar de aplicativos em sua lista. SUSE Studio foi o motor por detrás do fan-made "Chrome OS", que era um sistema semi funcional, carregado com a versão para desenvolvedores do Google Chrome, Google links, aplicação web, e OpenOffice.

SUSE Studio suporta as seguintes opções de inicialização:
  • Live CD / DVD
  • Imagem VMware
  • Disco Rígido / imagem USB
  • Imagem Xen

Tal como o Reconstructor,você deve criar uma conta para poder começar a trabalhar criando distribuições Linux, desta vez baseadas no Suse Linux.

SlaX
Slax é uma distribuição LiveCD Linux baseada no Slackware, atualmente sendo desenvolvido por Tomas Matejicek. Seu slogan é um "sistema operacional de bolso".
A última versão do Slax é 6.1.2, que foi lançada em 4 de agosto de 2009.
O desenvolvedor afirmou que o trabalho no Slax 7 começará uma vez que um kernel estável (versão 2.6.34) seja lançado com suporte LZMA para permitir o sistema de arquivos SquashFS.
Um dos principais benefícios da distribuição Slax é a sua facilidade de personalização.
Softwares extras podem ser adicionados e removidos, utilizando os pacotes do Slackware e os módulos do Slax.
Um gerenciador de pacotes tradicionais, como o APT do Debian, não é necessário para carregar software adicional; Os módulos Slax são totalmente auto-contidos.
Os usuários também podem modificar a imagem de CD ou USB padrão de instalação para personalizar os pacotes disponíveis no disco/imagem de instalação.
Slax também permite usar os pacotes do Slackware, sendo necessário converter para módulos Slax com o comando tgz2lzm.
A homepage Slax oferece um repositório de software para o usuário baixar e carregar os módulos novos criados. No Slax, os módulos podem ser facilmente adicionados à distribuição, sem exigir o uso de um gerenciador de pacotes, apenas clicando duas vezes no arquivo de módulo para ativá-lo.

NimbleX
NimbleX é uma pequena distribuição baseada no Slackware Linux, otimizada para ser executado a partir de um CD, drive USB ou um ambiente de rede.
NimbleX tem sido elogiado pela rapidez com que boota, assim como para a seu pequeno consumo de disco, que é considerado surpreendente para uma distribuição usando o KDE como ambiente desktop. NimbleX também é notável por permitir que os usuários gerem imagens de boot personalizados pelo site da distro, usando apenas um navegador web.
Foi festejado pela imprensa romena por ser a primeira grande distribuição Linux criada e mantida por um romeno, Bogdan Radulescu.
NimbleX usa um kernel 2.6. A GUI padrão é o KDE, mas para computadores mais lentos, o ambiente desktop padrão pode ser trocado por um com menor utilização de recursos como o Fluxbox ou Xfce.
Aplicações típicas de escritório, navegação na web e componentes de mensagens são incluídos, mas o NimbleX dificilmente oferece todas as ferramentas gráficas de administração - a maioria das tarefas de administração, como um adicionar um novo usuário, tem que ser feitas a partir da linha de comando. Esta característica permite o NimbleX ter um pequeno consumo de disco na instalação - uma instalação típica gasta menos de 400 megabytes de disco rígido.
Aplicativos adicionais podem ser instalados usando o instalador gráfico Gslapt (ou slapt-get na linha de comando), que traz a resolução automática de dependências para pacotes Slackware.
NimbleX permite a construção de uma distribuição Linux, Slackware based personalizada, neste endereço: http://custom.nimblex.net/

Linux From Scratch (LFS)
Por último, mas, não menos importante, é o LFS (Linux From Scratch).
Linux From Scratch (LFS) é um tipo de instalação do Linux e o nome de um livro escrito por Gerard Beekmans e outros. O livro dá instruções aos leitores sobre como construir um sistema Linux a partir de códigos fonte. O livro está disponível gratuitamente a partir do website Linux From Scratch e está atualmente na versão 6.6.
Para manter LFS pequeno e focalizado, o livro Beyond Linux From Scratch (BLFS) foi criado, que apresenta instruções sobre como desenvolver o sistema Linux básico que foi criado no LFS.
Ele apresenta e orienta o leitor através de incrementações ao sistema, incluindo rede, X server, som, impressora e suporte a scanner. Desde a versão 5.0, a versão do livro BLFS corresponde à versão do livro LFS.
Depois dos dois livros iniciais, mais dois foram lançados, abordando outros aspectos, Cross Linux From Scratch (CLFS) descreve compilação cruzada e Hardened Linux From Scratch (HLFS) concentra-se em melhorias de segurança, tais como uso de proteção Stack-smashing, PaX e randomização de espaço de endereçamento usando grsecurity.
Cross Linux From Scratch fornece as instruções necessárias para construir uma distribuição linux básica em linha de comando apenas. Enquanto LFS é limitado a arquitetura x86, CLFS suporta uma ampla gama de processadores. CLFS aborda técnicas avançadas não incluídas no LFS, como cross-build toolchains, suporte multi-biblioteca (32 e 64 bits lado a lado), e sets de instruções de arquiteturas alternativas, tais como x86-64, Itanium, SPARC, MIPS, e Alpha.
Já Hardened Linux From Scratch se concentra em criar uma versão mais segura do Linux From Scratch original como o seu principal objetivo, incluindo sistemas embarcados.
Linux From Scratch é uma maneira de instalar um sistema Linux completo através da construção de todos os componentes manualmente. Este é, naturalmente, um processo mais longo do que instalar uma distribuição Linux pré-compilada.
De acordo com o website Linux From Scratch, as vantagens deste método são: um sistema compacto, flexível e seguro e uma maior compreensão do funcionamento interno dos sistemas operacionais baseados em Linux.
Não há gerenciador de pacotes ou scripts de atualização, cabendo ao usuário toda a parte de manutenção, atualização, instalação de programas e serviços.
É uma distribuição didática, mas, nem um pouco fácil, haja visto que todas as ferramentas para se trabalhar com ela têm que ser compiladas a partir de códigos fonte.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Balanceamento de carga com o CUPS usando as filas de Impressão



Se você tiver mais de 2-3 impressoras em um servidor cups, você pode facilmente fazer o balanço de carga (pooling) dos trabalhos de impressão utilizando as filas de impressão CUPS.

a) Primeiro, crie uma classe de impressoras. Vá até a interface web do CUPS para fazer essas configuração, http://server-ip:631/  ou http://localhost:631/ se você estiver logado no servidor CUPS.

b) Selecione a guia classes para criar uma classe.

c) Selecione impressoras para esta classe.

d)Selecione essa classe como a padrão(Default). A partir de agora, os trabalhos de impressão serão distribuídos uniformemente entre todas as impressoras da classe, através de filas de impressão. A dica é que o CUPS trata todas as impressoras pertencentes a uma classe como se fossem uma só, fazendo automaticamente o balanço de carga entre elas.


Boas impressões!!!