sexta-feira, 28 de julho de 2017

MultiCD: Finalmente um multiboot que funciona



Ter diversas ISOS, diversas distros, sejam Linux ou mesmo discos de instalação do windows sempre foi algo muito desejado para nós, usuários do PCLinuxOS.

Mas, encontrar um software que pudesse fazer isso, ahh, um grande desafio.

Opções não faltam, mas, alguma que funcione…
Testei Yumi, do windows, via Wine, dá problema (corrompe a ISO na hora de terminar), testei o MultibootCD, e, a parte de fazer diversas ISOS não funciona e não dá mensagem de erro. Para uma ISO só, vai de boa.
E, tentei até o unetbootin, que, recentemente não está mais funcionando no PCLOS.
Eis que, numa pesquisa sobre formas de fazer uma ISO com multi boot,  cruzei com o MultiCD, na URL: https://multicd.us

E, que grata surpresa foi. Um script simples que faz o que promete, sem maiores problemas e facilmente.

E, o que é o multicd ?
É um script de shell projetado para criar uma imagem de CD de inicialização múltipla contendo várias distribuições e / ou utilidades Linux diferentes.

Como funciona ?

O  MultiCD tem uma coleção de plugins, scripts que ajudam a identificar as ISOS do projeto, e, construir uma ISO resultante que funcione.
Atualmente, 108 ISOS são reconhecidas, entre distros Linux e algumas instalações do windows.
Mais plugins são adicionados, com o tempo, portanto, ter sempre o script atualizado é a melhor prática.
Mais de um tipo de ISO, da mesma distribuição pode ser integrado ao projeto. O PCLinuxOS, por exemplo, 4 Isos diferentes são reconhecidas pelo script: PCLinuxOS KDE, Mate, LXDE e iso genérica pclos.iso.
Para saber de todas as ISOS suportadas, clique aqui


Criando uma ISO multidistribuições / ISOS

Para criar uma ISO múltipla, as instruções são as seguintes:
  • Descompacte o arquivo zip. Automaticamente criará uma pasta MultiCD-master, no local onde o arquivo zip foi baixado.
  • Agora, você deverá colocar: As ISOS que quer usar, para montar a  ISO múltipla, nesta pasta, ou, se está com pouco espaço em disco, colocar links simbólicos para estas ISOS.
  • Dê permissão de execução ao script multicd.sh (chmod +x)

      


  • E, agora, digite apenas ./multicd.sh  e o script começará seu trabalho.

     
  • E, todo o processo será automático.

  • Passados alguns minutos, a ISO resultante estará pronta, na pasta build, dentro da  pasta MultiCD-master

    .

Essa ISO será chamada multicd.iso, e, estará pronta para ser queimada em um DVD virgem, ou, com o programa DD-Copy(ou o comando DD) ser instalada em um pendrive.


E, com certeza funcionará.
Imagens de disquetes e imagens de discos rígidos também são suportadas (extensões .img ou .imz).

Limitações

O script não cria imagens compatíveis com boot EFI, portanto, deve-se  ajustar o boot da máquina para padrão legacy / BIOS, e, a imagem funcionará.
A imagem criada não permite que haja outras gravações na mesma mídia (se for um DVD, não tem muitos problemas, mas, se for um pendrive / HD externo, a ISO torna-o somente leitura.)

 

Conclusões

O script não funcionou comigo da primeira vez que usei, dava erro na parte final, quando o script acessava o isohybrid, para criar uma ISO bootável em pendrive e DVD.
Entrei em contato com o sr. Isaac Schemm, o criador do script, e, em 24 horas ele sanou o problema, criando uma nova versão que funciona perfeitamente no PCLinuxOS, criando ISOS bootáveis em qualquer mídia(CD, DVD, Pendrive, etc).
Esse é um dos benefícios do software livre: Acesso aos desenvolvedores, o que aproxima os usuários dos criadores, melhorando o programa com o feedback de quem o usa.
Agradeço aqui ao  sr. Isaac Schemm, pela presteza de ter mudado o script para que funcionasse no PCLinuxOS tão rapidamente. Meu muito obrigado.
E, agora há uma opção que realmente funciona para criar múltiplas ISOS em um só CD/DVD/Pendrive no PCLinuxOS.


domingo, 23 de julho de 2017

Joias da GOG: Blood



Em uma região conhecida pela crueldade, Caleb era lendário. Nascido no oeste do Texas em 1847, ele obteve a reputação de um pistoleiro implacável aos 17 anos de idade. Sua força sanguinária encontrou um novo timbre ameaçador quando ele entrou no culto de Tchernobog. Mas o verdadeiro massacre começou quando ele foi traído e descartado por seu mestre, o deus das Trevas Tchernobog…

Assim começa o jogo Blood,  um videogame de primeira pessoa desenvolvido pela Monolith Productions e publicado pelo GT Interactive Software. A versão shareware foi lançada para PC em 5 de março de 1997, enquanto a versão completa foi lançada em 31 de maio de 1997 na América do Norte e em 20 de junho de 1997 na Europa.

A História

O jogo começa com os quatro escolhidos, na presença de seu mestre, Tchernobog, sendo, por alguma razão desconhecida no momento, castigados e destroçados.  A cada um deles um final horrível é dado: Um é devorado pelos cães do inferno, outro é atacado por uma aranha gigante, Shial,  Ofelia, a amada de nosso herói, é carregada para as sombras por Cheog, um dos servos de  Tchernobog e finalmente, Caleb, é jogado no abismo da escuridão, onde as palavras de Tchernobog ecoam “Considere o meu poder, num túmulo vazio”.
Anos mais tarde, na década de 1920, ele acorda em um túmulo, no cemitério Morningside, e exclama: Eu vivo. Novamente!
Mas, a terra que Caleb encontra está muito diferente daquela que ele deixou, o culto a Tchernobog cresceu enquanto Caleb apodrecia no túmulo, ao ponto de agora quase dominar toda a terra. Sim, cultistas de Tchernobog andam pelas ruas, na preparação da chegada de seu mestre a este mundo. E, por causa dessa proximidade, os mortos foram acordados de seu sono eterno, e, infestam as ruas.
Caleb revivido pelo mesmo poder que o abateu irá em busca de vingança contra o ser que o traiu. É mal contra um mal maior ainda.
Concept design do personagem Caleb
Assim começa a épica história de Blood, seguindo um pistoleiro revivido contra o cabal de Tchernobog e uma miríade de monstros fiéis a Tchernobog: Zumbis, cães do inferno, gárgulas, aranhas gigantes, ratos, morcegos, mãos possuídas (como em Evil Dead).

Gameplay

O gameplay é similar aos  FPS comuns da época, onde o jogador deve encontrar a saída de uma fase, buscando chaves, resolvendo enigmas, e, claro, batalhando contra hordas de monstros e servos de  Tchernobog, sempre visando alcançar a próxima fase.


Blood é organizado em quatro episódios, cada episódio contendo um total de 8-9 mapas diferentes que consistem em 6-7 níveis regulares, um nível de “chefe” e um nível secreto. O design de nível é variado, já que alguns locais parecem levar um ao outro, mas outros saltam para o jogador. Alguns locais se inspiraram nas cidades da época, com locais como edifícios, museus, pubs e centros comerciais. Outros são templos genéricos ou minas.
Armas, artefatos e bônus itens aparecem em Blood. As armas de fogo incluem um sinalizador, uma espingarda cano serrado  e uma metralhadora Tommy gun, armas explosivas como dinamite e um lançador de napalm, um rifle de choque nomeado em homenagem ao inventor Nikola Tesla e vários artefatos de magia negra, incluindo uma boneca Voodoo e, uma lata de aerosol que pode ser usada como lança-chamas. O game também possui um power-up conhecido como "Guns Akimbo", que permite que o jogador use certas armas em dupla (com as duas mãos, à la John Woo).

 

Gráficos

Os gráficos podem ser melhorados e observados em 640x480, e, são considerados os melhores gráficos  de todos os jogos baseados no Build engine, pelo criador do engine, Ken Silverman. Mesmo sendo bitmaps 2D, são muito bem-feitos e caprichados.

Som

Aqui que Blood se supera: O trabalho do ator  Stephan Weyte é fantástico. Se Duke Nukem tinha one liners engraçados, Blood tem mais de uma centena, onde Caleb, na atuação de Stephan Weyte,  comenta as mortes de seus adversários no jogo, ou acontecimentos que sucedam ao jogador. A interpretação de Weyte é o ponto alto, onde sua voz, suave, sarcástica e sádica, dá o tom exato do jogo: Terrir, um terror de morrer de rir.

Um labirinto onde achamos Jack Torrance congelado ? Acho que já vi esse filme
 

Veredito

Blood é considerado, hoje em dia, como o melhor dos games baseados no Build engine, superando até Duke Nukem 3D. Na época, no entanto, foi eclipsado pelo lançamento de Quake 1, o que foi uma grande injustiça, afinal, o jogo é superdivertido.
No lançamento ignorado, foi ganhando uma legião de fãs com o passar dos anos, tanto que muitos sites foram criados sobre o jogo, conversões totais de Doom e mesmo do Duke Nukem apareceram, assim como tentativas de remakes e recriações não oficiais.
O jogo é algo como uma versão virtual de um  filme de terror da série Evil Dead. Sim, ele é tão bom assim. A mistura exata de susto, aventura e humor está presente neste jogo, sendo muito difícil, mas, recompensador, seja com as mortes cartunescas de seus adversários ou os comentários engraçados de Caleb quando elas acontecem, ao chegar ao fim, a sensação de dever cumprido é gratificante e satisfatória.
Fora as referências culturais, de diversos filmes (Evil Dead, o Iluminado, Return of The Living Dead, etc) como também de seriados e pop lore, como os Simpsons.
  
E, custando R$10, 49, é uma pechincha, vale muito a pena, compre sem piscar.

Comprando Blood

GOG disponibiliza o pacote Blood: One Unit Whole Blood, que incluí o original Blood e os addons Plasma Pak e Cryptic Passage. O pacote tem 287 MB para baixar, inclui ainda 3 manuais em PDF, a trilha sonora e o vídeo “Love You to Death”.
O pacote será baixado para seu computador, e, instalado por um script em sua pasta /home
Como sempre, aconselho a usar o DBGL para gerenciar seus jogos em DOS e usar o DOSBOX nativo do PCLinuxOS.
Como comentei acima, o jogo tornou-se cult, e, hoje em dia existem diversos sites com addons não oficiais, níveis extras e conversões feitas por fãs. Vale a pena explorar tudo que existe sobre Blood, a começar pelo site http://www.blood-wiki.org, ponto de partida para todas as coisas Blood na internet.
Blood teve ainda uma continuação, Blood 2, a qual também é disponibilizada pela GOG, mas, apenas para Windows, mas funciona no PCLinuxOS via POL, ou seja, é possível jogar também. Mas, é assunto para outro artigo futuro.

E o futuro de Blood ?

Blood tornou-se um item controverso legalmente, já que os direitos sobre a IP do jogo pertencem à Atari, mas, o engine de Blood pertence à Monolith productions, que agora faz parte da Warner games.
Portanto, uma terceira encarnação de Blood é improvável, no momento.
Vamos aproveitar Blood, um jogo que fez 20 anos, em Maio último, mas, continua jogável, desafiador e divertido até hoje.

Saudações, e, até a próxima,

quinta-feira, 22 de junho de 2017

AnyDesk: Melhor que o Teamviewer ?

 
AnyDesk é um software de desktop remoto desenvolvido pela AnyDesk Software GmbH em Stuttgart, Alemanha. Ele fornece acesso remoto bidirecional entre computadores pessoais e está disponível para todos os sistemas operacionais mais comuns. O software está em desenvolvimento ativo desde 2012 e superou 20 milhões de downloads em 2017.

A AnyDesk Software GmbH foi fundada em 2014 por ex-funcionários da TeamViewer.
O interessante do AnyDesk é que, para uso particular, ele é gratuito.

AnyDesk usa a tecnologia DeskRT para fornecer uma qualidade de imagem e capacidade de resposta consideravelmente melhores do que o compartilhamento de telas concorrentes e produtos de desktop remotos. O DeskRT é um  inovador codec de vídeo projetado especificamente para a transmissão de material gráfico a partir de interfaces gráficas de usuário.

 O site do AnyDesk


Recursos

Os recursos incluem, entre outros:

  • Controle remoto bidirecional entre Windows, MacOS, Linux e FreeBSD
  • Acesso unidirecional das plataformas móveis Android e iOS
  • Protocolo TLS-1.2 seguro
  • transferência de arquivo
  • Chat de cliente para cliente
  • Integração do clipboard
  • API REST
  • Log de sessão
  • Alias personalizados do cliente

Como rodar no PCLinuxOS ?

O programa é fornecido em um pequeno arquivo executável, embalado em diversos formatos (RPM, DEB e Tar.Gz).

Para fazer o download para o PCLinuxOS, vá em https://anydesk.com/download
E, escolha Generic Linux Tar.Gz, como na figura abaixo
Vai baixar um pacote de 2.9 MB.

Extraia o pacote, e, será criada uma pasta anydesk-2.9.3. Dentro da pasta estarão os arquivos anydesk, changelog, copyright, icons/ e README.
Agora, dê permissão de executável para o arquivo  anydesk e pronto, o programa vai rodar, sem nenhum problema. Note-se que é um programa portátil, que pode rodar tranquilamente da sua /home.
O AnyDesk depende da seguinte biblioteca para rodar lib64gtkglext-1.0_0, portanto, deve estar instalada para que ele rode.

 

O Programa em ação


A primeira vez que o programa rodar, vai criar um número único para o computador em que estiver executando. Este número será a ID da máquina para a AnyDesk, e, será o meio de conectar com o computador remoto.

O AnyDesk pode ser configurado para acesso automático, configurando-se uma senha para ele, a qual será requisitada quando houver uma tentativa de conexão de outro computador(ou celular) rodando outra cópia do AnyDesk.


Limitações

  • Logon / XDM
No momento, o AnyDesk é iniciado apenas por usuário. Então ainda não é Possível se conectar à tela de login. Você pode no entanto, se um usuário já estiver Conectado, conecte-se à tela de bloqueio e faça o login novamente.

  • Transferência de arquivos / Clipboard
Você pode copiar arquivos usando a área de transferência. Ao transferir arquivos para Linux / BSD, Um ícone aparecerá na barra de status. Clique duas vezes nesse ícone para iniciar o real transferir. Depois que os arquivos serão copiados, a pasta de destino será auto-Praticamente aberto para que você possa mover os arquivos onde quiser.

  • Bloquear Teclado / Mouse
O recurso “Bloquear teclado / mouse” não é suportado no Linux / BSD.

  • Hotkeys
As teclas de atalho não são suportadas.

Instalar o AnyDesk no PCLinuxOS

Como o programa vem num arquivo auto executável portátil, é possível colocar a pasta na /home do(s) computador(es) que se quer controlar remotamente e, fazer um arquivo .desktop e colocar este arquivo no autostart do PCLinuxOS, permitindo que a máquina execute o AnyDesk no log on.
Como fazer ? Simples, siga os passos abaixo
  1. Baixar o pacote AnyDesk para 64 bits, como mostrado acima.
  2. Extraia o arquivo resultante, criará a pasta anydesk-2.9.3
  3. Dê permissão de execução ao executável anydesk
  4. Crie o arquivo (com um editor de texto de sua preferência) anydesk.desktop e com o conteúdo abaixo
[Desktop Entry]
Name=AnyDesk
Comment=aplicativo de controle remoto
Exec=/home/user/anydesk-2.9.3/anydesk
Icon=/home/user/anydesk-2.9.3/icons/48x48/apps/anydesk.png
Terminal=false
Type=Application
Categories=Network;
Encoding=UTF-8

  1. Coloque este arquivo em ~/.config/autostart , dê permissão de execução e pronto, toda vez que o computador entrar no log on, o AnyDesk vai executar. Lembrando sempre que user é nome da home do usuário onde a pasta está localizada.
  2. A pasta anydesk-2.9.3 pode ser protegida, contra apagamento acidental, mudando-se o seu atributo para imutável (chattr +i), de modo que os usuários não vão poder deletá-la.

Então, é melhor que o Teamviewer ?

Bem, eu não vi diferenças entre o AnyDesk e o Teamviewer, em termos de performance dentro de uma rede, a empresa do AnyDesk tem mais versões disponíveis, para mais plataformas (BSD, por exemplo) e, podendo ser usado sem a limitação dos 5 minutos do Teamviewer é muito bom. Existe a limitação do AnyDesk não poder ser executado como um Daemon, como o Teamviewer é, mas, o  Teamviewer é uma gambiarra para funcionar no Linux (um aplicativo .EXE do windows que roda com Wine), enquanto o AnyDesk é uma aplicação nativa.
Fora essas diferenças, e, as limitações citadas acima, para atender organizações sem fins lucrativos (trabalho que presto com frequência), sem as incomodações que são as telas de compra de produto do Teamviewer, ele é muito bom. Aprovado!

Espero que melhorem seus acessos remotos com o AnyDesk.

Sds,


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Jóias da GOG – Star Trek, 25th Anniversary

 
Seguindo em nossa análise de joias que a GOG tem em seu catálogo, trago Star Trek, 25Th Anniversary, um jogo fantástico (bem, sou meio suspeito, sou trekker de carteirinha desde a época em que passava na Band...)

O Espaço, a fronteira final…

Star Trek, 25th Anniversary – o Jogo.

    Star Trek: 25th Anniversary é um jogo de vídeo de aventura desenvolvido e publicado pela Interplay Productions, baseado no universo Star Trek. O jogo narra várias missões de James T. Kirk e sua tripulação da USS Enterprise. O jogo foi inicialmente lançado em 1992 para o PC, MSDOS, em disquetes de 3,5, com um lançamento posterior em CD-ROM adicionando efeitos sonoros melhorados e as vozes dos atores da Série Original. Essa versão em CD-ROM, que é disponibilizada pela GOG, é a que analisaremos.
 
    O jogador assume o papel do Capitão James T. Kirk a bordo do USS Enterprise, uma nave da Frota Estelar, como visto na série de TV  Star Trek: The Original Series. É dividido em dois modos principais, uma vista principal da ponte, e um modo da terceira pessoa sempre que uma equipe externa é transportada a um planeta ou  estação espacial.
    Os controles na ponte são divididos em toda a tripulação, com Montgomery Scott permitindo o acesso aos escudos e controles de potência, Pavel Chekov controlando a navegação e Hikaru Sulu controlando a órbita da nave, por exemplo. A equipe externa sempre é composta por Kirk, Spock e Leonard McCoy, bem como um dos oito red shirts diferentes, os quais podem morrer durante a missão. O jogador interage com esses modos distintos usando uma interface de ponto e clique através do mouse.
    A jogabilidade funciona selecionando uma parte do corpo que o jogador deseja usar (por exemplo, lábios para falar, olho para examinar, etc.) na caixa de funções. O jogador deve resolver enigmas diferentes e executar ações especiais dentro de cada nível, ou missão, a fim de progredir para a próxima.
    O jogo foi dividido em uma série de episódios, com cada episódio começando com uma mensagem recebida do Comando da Frota Estelar. Eles normalmente são estruturados para ter um combate entre naves antes do esquema de jogo de aventura em terceira pessoa com uma equipe externa.
    Os episódios são os seguintes:

  • Demon World: Colonos pertencentes a uma seita religiosa relatam ter sido atacados por “Demônios” perto de suas minas. Kirk deve descobrir a verdade por trás desses “Demônios”.
  • Hijacked: A USS Enterprise descobre que a nave USS Masada foi capturado por piratas Elasi que estão mantendo a tripulação refém. Kirk deve descobrir uma maneira de recuperar a nave e a tripulação ilesos.
  • Love's Labor Jeopardized: Os Romulanos atravessaram a Zona Neutra e atacaram a Estação de Pesquisa da Federação, Ark 7. Infelizmente, o ataque criou uma situação de risco biológico que a equipe da Enterprise deve lidar, bem como os Romulanos.
  • Another Fine Mess.....: Ao responder a um chamado de socorro de uma nave sob ataque de piratas, a Enterprise descobre que Harry Mudd está envolvido. Ele é rastreado até uma espaçonave alienígena abandonada. A tripulação da Enterprise deve descobrir a conexão entre a nave abandonada, os piratas e Mudd.
  • Feathered Serpent: Uma frota de batalha Klingon está prestes a atravessar o espaço da Federação, em busca de um “Criminoso de Guerra”. A Enterprise deve encontrar este “Criminoso de Guerra” para evitar uma guerra.
  • That Old Devil Moon: estranhas leituras de potência foram detectadas a partir de um asteróide grande aproximando-se de um sistema de estrelas pré-warp. A Enterprise descobre uma antiga base de mísseis nucleares que não percebe que a guerra terminou 1000 anos atrás, e deve impedi-la de destruir a civilização nativa uma segunda vez.
  • Vengeance: A Enterprise, respondendo a um chamado de socorro da USS Republic, acha a nave quase destruída. Kirk deve descobrir o que aconteceu com a nave e impedir os responsáveis de atacar novamente. Ao contrário das outras missões, esta missão é mais longa e mais complexa na versão CD do jogo; A versão original deste episódio consiste somente de um breve segmento da equipe externa seguido por uma sequência extensa de combate nave a nave. Estas duas versões diferentes estão disponíveis na versão de CD por uma opção de diálogo no início do episódio.

Na versão CD-ROM do jogo, após a conclusão da última missão há um pequeno  cartão nos créditos sobre Gene Roddenberry com uma breve narração na voz de William Shatner sobre a  sua vida.
    Depois de um acordo com a CBS, Star Trek: 25th Anniversary foi relançado na rede de distribuição GOG.com, com legendas adicionais em alemão e francês, em 7 de maio de 2015 ao lado de Star Trek: Judgment Rites e Star Trek: Starfleet Academy Para Microsoft Windows, macOS e Linux.  Pouco depois, Interplay Entertainment também relançou Star Trek: 25th Anniversary para a rede de distribuição Steam, no entanto, apenas para Microsoft Windows e sem legendas. 

Minha Experiência

    Vi o jogo, baratinho na GOG(R$11.99), comprei. Que experiência maravilhosa. Toda a essência, o espírito do seriado original consegue ser recriado nesse jogo.
    E, é claro, uma aventura point-and-click, como diversos jogos famosos da Lucas Arts (Dia do Tentáculo, Secret of Monkey Island).
    Agora, o voice acting, dos atores originais, é muito tocante. Ouvir novamente atores tão queridos que já nos deixaram é uma experiência emocionante (James Doohan, DeForest Kelley e mais recentemente, Leonard Nimoy).
 
    No quesito de jogabilidade, é aquele velho esquema conhecido de adventure point-and-click, sem muitas surpresas. A parte da navegação no espaço e os combates nave a nave é que são um pouco complicados de pegar o jeito. Você não vai conseguir de primeira, visto que tem que comandar um bom número de pessoas na ponte da Enterprise, e, até ficar bom nisso, ou vai sair do espaço da federação ou bater com a nave em algum planeta / asteróide.
Agora, uma breve resenha do jogo.

Gráficos

    Os gráficos são muito bons para a época, 1991/92, com uma resolução VGA. São gráficos bitmap feitos a mão. Não são excelentes, pelos padrões atuais, mas, não envelheceram mal não.
 

Som

    É simplesmente fantástico. Todos os sons da série clássica estão presentes nesse jogo, todos os zaps, toings, kabums e outros sons característicos foram recriados / adaptados da trilha sonora originai. Dos canhões de Faser aos torpedos fotônicos, a sensação é incrível. A música também segue os temas do seriado, com o tema original, de Alexander Courage e outros especialmente criados para o jogo.
    Agora, o melhor mesmo é o voice acting dos atores originais: William Shatner, Leonard Nimoy, Nichelle Nichols, DeForest Kelley, James Doohan, Walter Koenig, George Takey e outros que se esmeraram em seus papéis, criando uma experiência imersiva e altamente gratificante. Nota 10 com louvor!

Jogabilidade

    A jogabilidade é muito boa, como eu disse acima, como um adventure tradicional com as fases no espaço. Note-se que, quando interagir com NPC’s no jogo, deve-se ter cuidado nos diálogos, para não botar tudo a perder. É, essa também é uma característica do jogo: cuide do que vai falar com os NPC’s, ou, possivelmente influenciará negativamente nas ações do NPC (em vez de ajudá-lo, poderá lhe atrapalhar).
    O jogo segue um esquema de episódios, como se fosse uma temporada do seriado de TV. Apenas com 7 episódios, mas, que garantem mais de duas horas de jogo, facilmente.
    Como no seriado de TV, um episódio não tem conexão nenhuma com o seguinte, e, suas ações num destes episódios não vão influenciar os seguintes.
 
    A imersão e a experiência de jogo dele é magnífica, sendo um jogo viciante, já que se quer saber como vai terminar essa temporada de Star Trek. E, a nostalgia, de todos que são ou foram fãs de Star Trek é imensa. Muito bom!
    Ahh, em tempo: Uma dica – Proteja os Red Shirts da morte certa durante o jogo. A morte de cada um deles se reflete na sua pontuação (piora a cada red shirt morto), portanto, não deixe nenhum deles morrer.

Veredito

    Um jogo excelente, mesmo com mais de 20 anos de idade, é uma obra-prima. A Interplay fez um dos melhores jogos de Star Trek, junto com Star Trek: Voyager – Elite Force e Star Trek: Bridge Commander, considerados os três melhores jogos de Star Trek já feitos. E, por um preço superamigável: R$11.99
    Compre sem piscar, se for fã de Star Trek ou de jogos Adventure point-and-click.

Comprando Star Trek, 25th Anniversary

    Star Trek, 25th Anniversary foi originalmente feito para DOS, e, roda perfeitamente no DOSBOX.
O pacote vendido pela GOG.com em seu site traz ainda  o manual (PDF), mapa do teclado(PDF), livro de dicas(PDF) e mapa estelar(PDF).
    Você fará o download do arquivo do jogo, com extensão .sh
    Depois de completado o download (algo em torno de 346 MB), dê permissão de execução ao script (mod +x) e instale o jogo normalmente.
    Será instalado na sua /home.
    Um detalhe interessante é que a GOG coloca a sua própria versão de DOSBOX junto com o jogo, assim, penso, melhor usar o DOSBOX do PCLOS, e, ignorar o DOSBOX da GOG.
    Para um melhor efeito, sugiro usar o DBGL (DOSBOX Game Launcher), que facilitará o gerenciamento do jogo.

Assim, espero que se divirtam e sigam audaciosamente onde nenhum Linuxer jamais foi..!

Até a próxima!