sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cinco Razões Para Evitar o MS Office 2010



Você já viu o novo Microsoft Office 2010 ? Quantas de suas (poucas) novas funcionalidades sua empresa realmente precisa? E, será que por estes poucos novos recursos, vale a pena o investimento? Aqui estão cinco razões para não comprar o Office 2010.

1. Não Há mais atualizações

Você pode acessar o site da Microsoft agora e comprar uma das três versões do Office 2010.
A versão Office Professional custa US$ 499,95, a Home & Business, US$ 279,95 e a Home & Student é US$ 149,95.

O que se tem no Brasil são apenas versões do Office 2007, as quais estão sendo colocadas em promoção, obviamente, para limpar as prateleiras para o novo produto.
A Microsoft está oferecendo uma promoção de comprar a versão 2007 e ganhar a atualização para a versão 2010 gratuitamente. Mas, apenas se for comprado entre 5/03/10 e 30/09/10.

Agora, aqui no país, mesmo em promoção, os preços estão salgados demais:
  • Office 2007 Professional Full - R$ 1.499,00
  • Office Standard 2007 – R$ 799,00
  • Office 2007 Home & Student – R$ R$ 199,00

Depois do Windows Millennium, Windows Vista, a bomba da interface Ribbon no Office 2007, e o finado celular Kin, esta é a pior decisão de marketing que a Microsoft já fez. Se esses outros quatro tropeços ainda não mudaram a imagem que se tem sobre a Microsoft, esta nova política de atualização certamente irá deixá-lo doente. Talvez este seja um bom momento para largar o rei do software proprietário e começar a procurar outras opções. Claro que sempre existe a Camelô edition, mas, comprar um piratex é se expor a riscos de infecção e perda de dados...

2. Programas Grátis/Livres alternativos

Falando de outras opções, há sempre alternativas, como o OpenOffice, um semi-clone do Microsoft Office que tem o download liberado para quem quiser.
Existem algumas áreas que no Open Office que podiam ser melhoradas, uma comparação lado a lado entre os dois mostra algumas diferenças no visual, tais como gráficos, animações e efeitos especiais. Mas a Microsoft nunca foi forte em recursos gráficos, por isso você não vai perder muito mudando para o OpenOffice.

Outros programas alternativos incluem o IBM Lotus Symphony, Google Docs, Zoho - todos grátis - e ThinkFree, que tem tanto uma versão grátis quanto uma versão com assinatura. Todos estes programas oferecem recursos e funcionalidades similares ao Microsoft Office, e alguns são realmente melhores, alguns são apenas ok. No entanto, já que eles são grátis, não custa nada experimentá-los, só o tempo do download. E, para nosso país, a versão localizada, BR Office, é muito boa, com recursos como dicionário da reforma Brasil-Portugal de 1990 saindo na frente do Office da Microsoft. É, uma das vantagens do Open Source é a rapidez da comunidade.

3. Poucos novos recursos, nenhum impressionante

Microsoft redesenhou o grande botão redondo do Office . Eles acrescentaram um botão Ignorar no Outlook, que elimina as mensagens selecionadas e todas as mensagens atualmente na sua caixa de entrada, além de todas as futuras mensagens relacionadas a esse segmento de mensagens - ou você pode apenas marcar as mensagens indesejadas como lixo. Eles também acrescentaram um novo botão chamado Screenshot que permite tirar fotos de dentro da tela do programa - ou você pode pressionar Alt-Tab para sair e usar o Alt-Print Screen no seu teclado.

Você pode salvar documentos do Word para o SharePoint - ou simplesmente copiar e colá-los nele(SharePoint). Você pode adicionar gráficos de linha em miniatura para células individuais do Excel - ou simplesmente encolher os gráficos normais e colocá-los na tela em qualquer lugar que quiser.
E OneNote agora tem código de cores. Para os gráficos, as novas ferramentas de edição de fotos fornecem alguns simples efeitos artísticos. Você pode inserir imagens no Word, Excel, e PowerPoint, e, usar esses efeitos, que são genéricos e se parecem com efeitos antigos do Photoshop, Paint Shop Pro, e Corel Paint. Mas, nem um pouco versáteis ou poderosos.

Outros novos recursos incluem visualização da figura a ser colada, de modo que você pode visualizar a página antes de você colar itens em seu documento - ou você pode apenas ir em frente e colar os itens e selecione desfazer se você não gosta de como vai ficar.
No Word, há um novo painel de navegação de arrastar e soltar, mas ele só funciona se você usar os estilos do Word para definir cabeçalhos e subtítulos e assim por diante.
E agora você pode criar vídeos ou pode converter apresentações de PowerPoint em vídeos - esta uma característica pode ser útil se a Microsoft tiver melhorado as limitações de tamanho dos gráficos.

Há algumas outras características de menor importância. No entanto, eu ainda não acho que estes recursos sejam algo para se ficar entusiasmado, e, certamente, não valem o preço que estão cobrando na etiqueta do novo Office 2010.

4. Ribbon mudou, mas ainda é uma bomba

A barra de ferramentas Ribbon foi adicionada a todos os outros programas do Office Suite, incluindo o Outlook e o OneNote. Bom, isso é maravilhoso. Eu odiava isso no Office 2007 e ainda odeio. Depois de usá-la durante semanas e amaldiçoando-a diariamente, eu finalmente comprei um programa de terceiros que, quando instalado, redesenha a barra de menus Ribbon de volta para o aspecto dos menus antigos do Office 2003. Então eu criei duas planilhas idênticas e realizei as mesmas tarefas em cada uma delas, uma com a barra de menus Ribbon e a outra com os antigos menus da versão 2003.
A planilha com a barra Ribbon levou quase o dobro do tempo para ser concluída. No entanto, como um ensaio preliminar não é realmente justo, eu criei quatro planilhas e mais meia dúzia de documentos Word, todos com os mesmos resultados.

A única mudança real que vale a pena mencionar na barra Ribbon é sua capacidade de personalizar os menus. Se eu for obrigado a usar este programa como um resultado de algum trabalho que eu assumir, a primeira coisa que vou fazer é personalizar a interface Ribbon inteira para assemelhar-se, tanto quanto possível, aos menus drop-down da versão 2003, que foram mais eficientes nos meus testes.

5. Edição simultânea

Por último, Microsoft e diversas análises que eu li, todos alardeando esta nova capacidade para realizar a edição simultânea de documentos, que nada mais é do que um recurso de documentos compartilhados. Se você deixar um documento aberto em um computador, e, em seguida, tentar abri-lo em outro, compartilhado, na mesma rede, você recebe a mensagem “arquivo em uso”, com opções para somente leitura, criar uma cópia, ou notificar quando o arquivo estiver disponível. Com o Office 2010, você pode editar o original ou permitir que múltiplos usuários editem o mesmo documento simultaneamente.
A barra de status do Office 2010 informa quais outros usuários estão no mesmo documento e as mudanças que eles estão fazendo. Você também pode sincronizar os documentos em seu disco rígido com os originais em um servidor.

Esta não é uma função legal. Na verdade, cria mais confusão do que vale, especialmente se você já usou o Adobe Acrobat para executar essas mesmas tarefas. Toda vez que eu já usei compartilhamento e colaboração no Acrobat, resultou num verdadeiro caos, com um usuário mudando o que outro usuário recém escreveu ou editou, causando conflitos entre todos os participantes, porque o original já não está disponível. A menos que alguém tenha tido a clarividência de fazer uma cópia de backup.
E a opção de sincronizar os documentos não é grande coisa também. Quase todos os programas de terceiros, vão sincronizar arquivos entre dispositivos, incluindo seus servidores.


Veredito
Assim, o veredito é: esqueça o Microsoft Office 2010. Não vale o preço que estão pedindo por ele, os poucos recursos atualizados, a curva prolongada de aprendizagem, a menor eficiência, ou as dores de cabeça.

Tente uma das alternativas livres ou dê uma chance ao Corel WordPerfect Suite. No site da Corel, a versão profissional completa do Office X5 custa US$ 399,99, US$ 100 a menos do que o Office 2010, e a versão de atualização é apenas US$ 259,99.

Além disso, a Microsoft sempre foi péssima com as opções gráficas e programas, ou seja, eles são lentos, gastam memória intensivamente, e travam seu computador, se você usar demais ou tentar usar imagens de alta resolução. Corel e Adobe tem sido sempre superiores à Microsoft na área gráfica.
Bem, podemos sonhar que a Adobe vai criar uma suíte de escritório, para complementar a sua Creative Suite, não é mesmo ?

sábado, 24 de julho de 2010

Synfig e o Projeto Morevna


O Open Source e o Linux proporcionam gratas surpresas. E, uma dessas é o software Synfig.

O que é Synfig
Synfig é a criação de Robert Quattlebaum, o desenvolvedor principal. Ele passou 3 anos aprimorando o software e, sua intenção era usá-lo na sua companhia de animação, Voria Studios.
Ele saiu do secundário e começou a frequentar um curso técnico na DigiPen Institute of Technology, uma instituição de ensino especializada em games, artes gráficas digitais e engenharia, localizada em Redmond, Washington. Ele passou a ser muito respeitado, tanto por professores como por seus colegas, por programar de forma elegante e limpa.
Quando no DigiPen Institute, Robert expandiu seus horizontes, e, passou a se interessar por artes digitais e animes.
Estudando animação, nasceu a necessidade de lidar com um programa que pudesse auxiliá-lo com todos os passos da criação, desenho, storyboard e etc...
Quando perguntou a um de seus colegas qual software poderia ser utilizado, ficou surpreso com as opções que existiam, e, nenhuma delas o satisfez.
Começou então o que seria o desenvolvimento do software Synfig, e, logo após sair do DigiPen institute fundou sua empresa, que iria vender sua ideia e seu software, o Synfig.

O Vídeo que deu origem a tudo

O que o Synfig faz
Como um verdadeiro aplicativo front-end e back-end, é possível esquematizar a animação no front-end - Synfig Studio - e processa-la mais tarde com o backend Synfig Tool em outro computador (possivelmente mais potente), em uma rede, mesmo sem um monitor conectado.
O objetivo dos desenvolvedores foi criar um programa que é capaz de produzir animação com qualidade cinematográfica com poucas pessoas e recursos. O programa oferece uma alternativa à interpolação manual para que o animador não tenha que desenhar cada frame de animação.
Com o Synfig, o animador desenha as chamadas Key Frames (figuras chave) e instruí o programa qual o movimento deve ser feito para a próxima Key Frame (figura chave). O programa Synfig gera as animações entre os frames, as chamadas in between frames. Assim, o trabalho fica muito mais facilitado, tirando dos seres humanos as tarefas mais pesadas.
Em sua versão mais recente, 0.62.01, de 31/05/2010, o Synfig passou a ter uma integração perfeita com gráficos SVG, podendo ser usado facilmente em conjunto com o InkScape, onde o artista usa o InkScape para gerar as Key Frames e o Synfig faz a animação.
Synfig exporta as animações nos seguintes formatos: AVI, Theora, MPG, MNG e GIF.
O Projeto Morevna
Desde Maio de 2008 , um grupo de voluntários russos vêm trabalhando para fazer um projeto de filme de animação chamado projeto Morevna. Eles têm feito atualizações regulares desde então no site Morevnaproject. O Free Software Magazine recentemente publicou um artigo sobre o projeto.
O Projeto Morevna não usa apenas o Synfig, mas, também o Blender, para criar os modelos de veículos e paisagens, e o Synfig para animar os personagens em 2D
Demo do Morevna Project

Agora, você já pode criar animações no Linux sem depender do software Adobe Flash, que era a única forma de criar animações, antes do Synfig.

domingo, 18 de julho de 2010

Faça a Sua Própria Distro Linux


Não está contente com as distros que existem por aí ??? Gostaria de ter o programa X, o ambiente gráfico Y e o kernel Z, mas não encontra uma forma de fazer isso ??? Calma, não procure mais, seus problemas se acabaram: Linux permite que você construa sua própria distribuição customizada. E, com mais de uma opção para isso.
Vou ilustrar algumas formas de você construir sua própria distribuição Linux. Na verdade, algumas são formas de se fazer um remaster de uma distribuição Linux, enquanto uma opção é a criação de uma distro totalmente diferenciada, do zero.

As Opções de Construir uma Distro Linux:
  • Reconstructor (Para distros baseadas no Debian/Ubuntu)
  • Suse Studio(Para distro baseada no Open Suse, formato RPM de pacotes)
  • Slax (Para distro baseada no Slackware)
  • Nimblex (para distro baseada no Slackware)
  • Linux From Scratch (Cria uma distribuição Linux do zero, sendo compilados todos os seus pacotes)

Reconstructor
Reconstructor é uma ferramenta de customização e criação de distribuições Linux. Permite a personalização das distribuições Ubuntu e Debian GNU / Linux. Personalizações incluem: figura do logotipo no boot, cor do texto, papel de parede, temas, ícones, aplicativos e mais.
Reconstructor recentemente se tornou compatível com a distribuição Ubuntu 10.04. Já há algum tempo é compatível com a distribuição Debian Lenny.
Para usar o Reconstructor, você só precisa de um browser moderno (Firefox, Safari, Chrome, etc) com Javascript habilitado. Internet Explorer não é recomendado, mas se você for usá-lo, Reconstructor só é garantido de funcionar com o Internet Explorer 8.
Você precisa criar uma conta com Reconstructor antes que você possa prosseguir. A conta é gratuita e requer apenas cerca de 5 campos de informações do seu lado. Depois, logue-se no site. Comece criando um novo projeto. Dê ao seu projeto um bom nome, descrição e versão. Você pode então escolher a distro em que você deseja basear o seu projeto, e, com apenas alguns cliques, vai começar a construir sua distribuição personalizada.
O Reconstructor Build Service é gratuito para usar até um determinado montante.
As taxas são as seguintes:
  • Carregar e armazenar um arquivo de projeto: US $ 0,02 por MB por mês
  • Criar um projeto: $ 0.30
  • Download um projeto : US $ 0,45 por GB
Project Hosting
  • Armazenamento do arquivo: 0,45 dólar por GB por mês
  • Download: 0,35 dólares
Reconstructor também possui um aplicativo local para remasterização de distribuições, que pode interagir com projetos já montados pela interface web.

Suse Studio
SUSE Studio é um serviço gratuito de hospedagem que torna possível a criação de aplicações de software personalizadas, combinando o software com o sistema operacional SUSE Linux Enterprise.
SUSE Studio é uma ferramenta de criação online Linux da Novell, Inc..
Os usuários podem desenvolver o seu próprio sistema operacional Linux, principalmente escolher quais as aplicações que querem em seus Linuxes personalizados e qual a sua aparência.
Além disso, podem ser escolhidas entre as versões Home e Enterprise, GNOME, KDE, e uma infinidade de outros recursos.
Você pode criar um sistema totalmente funcional com o Firefox, gráficos 3D, e tudo o que você puder encontrar de aplicativos em sua lista. SUSE Studio foi o motor por detrás do fan-made "Chrome OS", que era um sistema semi funcional, carregado com a versão para desenvolvedores do Google Chrome, Google links, aplicação web, e OpenOffice.

SUSE Studio suporta as seguintes opções de inicialização:
  • Live CD / DVD
  • Imagem VMware
  • Disco Rígido / imagem USB
  • Imagem Xen

Tal como o Reconstructor,você deve criar uma conta para poder começar a trabalhar criando distribuições Linux, desta vez baseadas no Suse Linux.

SlaX
Slax é uma distribuição LiveCD Linux baseada no Slackware, atualmente sendo desenvolvido por Tomas Matejicek. Seu slogan é um "sistema operacional de bolso".
A última versão do Slax é 6.1.2, que foi lançada em 4 de agosto de 2009.
O desenvolvedor afirmou que o trabalho no Slax 7 começará uma vez que um kernel estável (versão 2.6.34) seja lançado com suporte LZMA para permitir o sistema de arquivos SquashFS.
Um dos principais benefícios da distribuição Slax é a sua facilidade de personalização.
Softwares extras podem ser adicionados e removidos, utilizando os pacotes do Slackware e os módulos do Slax.
Um gerenciador de pacotes tradicionais, como o APT do Debian, não é necessário para carregar software adicional; Os módulos Slax são totalmente auto-contidos.
Os usuários também podem modificar a imagem de CD ou USB padrão de instalação para personalizar os pacotes disponíveis no disco/imagem de instalação.
Slax também permite usar os pacotes do Slackware, sendo necessário converter para módulos Slax com o comando tgz2lzm.
A homepage Slax oferece um repositório de software para o usuário baixar e carregar os módulos novos criados. No Slax, os módulos podem ser facilmente adicionados à distribuição, sem exigir o uso de um gerenciador de pacotes, apenas clicando duas vezes no arquivo de módulo para ativá-lo.

NimbleX
NimbleX é uma pequena distribuição baseada no Slackware Linux, otimizada para ser executado a partir de um CD, drive USB ou um ambiente de rede.
NimbleX tem sido elogiado pela rapidez com que boota, assim como para a seu pequeno consumo de disco, que é considerado surpreendente para uma distribuição usando o KDE como ambiente desktop. NimbleX também é notável por permitir que os usuários gerem imagens de boot personalizados pelo site da distro, usando apenas um navegador web.
Foi festejado pela imprensa romena por ser a primeira grande distribuição Linux criada e mantida por um romeno, Bogdan Radulescu.
NimbleX usa um kernel 2.6. A GUI padrão é o KDE, mas para computadores mais lentos, o ambiente desktop padrão pode ser trocado por um com menor utilização de recursos como o Fluxbox ou Xfce.
Aplicações típicas de escritório, navegação na web e componentes de mensagens são incluídos, mas o NimbleX dificilmente oferece todas as ferramentas gráficas de administração - a maioria das tarefas de administração, como um adicionar um novo usuário, tem que ser feitas a partir da linha de comando. Esta característica permite o NimbleX ter um pequeno consumo de disco na instalação - uma instalação típica gasta menos de 400 megabytes de disco rígido.
Aplicativos adicionais podem ser instalados usando o instalador gráfico Gslapt (ou slapt-get na linha de comando), que traz a resolução automática de dependências para pacotes Slackware.
NimbleX permite a construção de uma distribuição Linux, Slackware based personalizada, neste endereço: http://custom.nimblex.net/

Linux From Scratch (LFS)
Por último, mas, não menos importante, é o LFS (Linux From Scratch).
Linux From Scratch (LFS) é um tipo de instalação do Linux e o nome de um livro escrito por Gerard Beekmans e outros. O livro dá instruções aos leitores sobre como construir um sistema Linux a partir de códigos fonte. O livro está disponível gratuitamente a partir do website Linux From Scratch e está atualmente na versão 6.6.
Para manter LFS pequeno e focalizado, o livro Beyond Linux From Scratch (BLFS) foi criado, que apresenta instruções sobre como desenvolver o sistema Linux básico que foi criado no LFS.
Ele apresenta e orienta o leitor através de incrementações ao sistema, incluindo rede, X server, som, impressora e suporte a scanner. Desde a versão 5.0, a versão do livro BLFS corresponde à versão do livro LFS.
Depois dos dois livros iniciais, mais dois foram lançados, abordando outros aspectos, Cross Linux From Scratch (CLFS) descreve compilação cruzada e Hardened Linux From Scratch (HLFS) concentra-se em melhorias de segurança, tais como uso de proteção Stack-smashing, PaX e randomização de espaço de endereçamento usando grsecurity.
Cross Linux From Scratch fornece as instruções necessárias para construir uma distribuição linux básica em linha de comando apenas. Enquanto LFS é limitado a arquitetura x86, CLFS suporta uma ampla gama de processadores. CLFS aborda técnicas avançadas não incluídas no LFS, como cross-build toolchains, suporte multi-biblioteca (32 e 64 bits lado a lado), e sets de instruções de arquiteturas alternativas, tais como x86-64, Itanium, SPARC, MIPS, e Alpha.
Já Hardened Linux From Scratch se concentra em criar uma versão mais segura do Linux From Scratch original como o seu principal objetivo, incluindo sistemas embarcados.
Linux From Scratch é uma maneira de instalar um sistema Linux completo através da construção de todos os componentes manualmente. Este é, naturalmente, um processo mais longo do que instalar uma distribuição Linux pré-compilada.
De acordo com o website Linux From Scratch, as vantagens deste método são: um sistema compacto, flexível e seguro e uma maior compreensão do funcionamento interno dos sistemas operacionais baseados em Linux.
Não há gerenciador de pacotes ou scripts de atualização, cabendo ao usuário toda a parte de manutenção, atualização, instalação de programas e serviços.
É uma distribuição didática, mas, nem um pouco fácil, haja visto que todas as ferramentas para se trabalhar com ela têm que ser compiladas a partir de códigos fonte.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Balanceamento de carga com o CUPS usando as filas de Impressão



Se você tiver mais de 2-3 impressoras em um servidor cups, você pode facilmente fazer o balanço de carga (pooling) dos trabalhos de impressão utilizando as filas de impressão CUPS.

a) Primeiro, crie uma classe de impressoras. Vá até a interface web do CUPS para fazer essas configuração, http://server-ip:631/  ou http://localhost:631/ se você estiver logado no servidor CUPS.

b) Selecione a guia classes para criar uma classe.

c) Selecione impressoras para esta classe.

d)Selecione essa classe como a padrão(Default). A partir de agora, os trabalhos de impressão serão distribuídos uniformemente entre todas as impressoras da classe, através de filas de impressão. A dica é que o CUPS trata todas as impressoras pertencentes a uma classe como se fossem uma só, fazendo automaticamente o balanço de carga entre elas.


Boas impressões!!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Gerenciamento de Fontes no Linux

Quando se pensa em fontes escaláveis no Linux (True Type, Open Type e Post Script), será que existem opções aceitáveis ? Ou o Linux ainda sofre na hora de gerenciar fontes TTF ???
Já se foi o tempo em que o Linux era limitado no trato com fontes TTF. Hoje, o suporte a fontes escaláveis é muito bom, permitindo ao Linux ser uma opção viável para Desktop Publishing.

FontMatrix (Gerenciador de Fontes TTF)
Gerenciamento de fontes é relativamente fácil no ambiente KDE. Com a integração do instalador com o Konqueror, é muito fácil controlar as fontes em seu sistema. Mas, em outros DE's, o gerenciamento é um pouco mais trabalhoso. Com Font Matrix, é facílimo gerenciar fontes TTF em qualquer DE.
Fontmatrix é direcionado a usuários que lidam com desktop publishing e designers gráficos que precisam gerenciar centenas e até milhares de fontes em seu trabalho - evitando a necessidade de procurar excessivamente em longas listas de pastas e diretórios.
Basicamente, Fontmatrix ajuda você a fazer três coisas:
  • Ativar e desativar fontes .
  • Marcação de fontes com etiquetas.
  • Gerar álbuns de fontes, em PDF.
Fontmatrix permite que o usuário rótule uma fonte com várias marcações (similares às etiquetas do Gmail), que podem ser ativadas ou desativadas em conjuntos. Ele também permite ao usuário alternar recursos de fontes OpenType para fins de teste. Em novembro de 2008, a classificação PANOSE corrente em fontes também pode ser usada para selecioná-las por semelhança.
Fontmatrix está incluído no Debian, Ubuntu e Fedora Linux.
O gerenciamento de fontes é feito por usuário, ativando ou desativando fontes para cada usuário em que o Fontmatrix estiver rodando naquele momento.
Caso o Fontmatrix seja utilizado como usuário root, ele vai permitir manipular as fontes instaladas do sistema. Muito cuidado, se for fazer isso, para não apagar fontes necessárias para a exibição dos aplicativos, e, ficar com uma exibição estranha.


Opcion Font Viewer(Visualizador/Gerenciador de Fontes)
Opcion é um visualizador de fontes livre e de código aberto escrito em Java. Ele permite que você visualize fontes instaladas e desinstaladas e facilita a seleção da fonte certa para seu projeto, de forma rápida e fácil.
Visualizar as fontes, ver como elas iriam aparecer, aplicando-as ao seu nome / logotipo / slogan, e mantendo registradas quais fontes são as melhores para seus projetos, é o objetivo de Opcion Font Viewer.
Opcion permite que você visualize tanto as fontes instaladas quanto as desinstaladas, em visões diferentes, dependendo de suas necessidades. Escrito em Java, Opcion irá funcionar em todas as plataformas que o Java Runtime Environment suportar (que inclui o Windows, Mac, Solaris e Linux).
Opcion precisa pelo menos da versão 1.4.0 + do Java Runtime Environment para ser executado.

Recursos
  • Exibir as fontes instaladas / desinstaladas.
  • Ver a lista de fontes instaladas / desinstaladas.
  • Adição / remoção de fontes favoritas.
  • Fontes favoritas são salvas em uma base de dados.
  • Texto de amostra / exibição definido pelo usuário.
  • Tamanho da fonte definida pelo usuário.
  • Propriedades da fonte (negrito, itálico, etc) ajustáveis na área de texto de exemplo.
  • Fontes com diferentes sets de caracteres mostradas por página na lista de exibição.

FontForge(Editor de Fontes Escaláveis)
FontForge (antes conhecido como PfaEdit) é um programa editor de tipos de letra (fontes) desenvolvido por George Williams. Fontforge é um software livre e é distribuído sob a licença BSD. FontForge está disponível para diversos sistemas operacionais e está localizada em vários idiomas.
O que é FontForge ? FontForge é um programa destinado a criar e modificar fontes.
O aspecto mais óbvio é que ele é um programa de desenho como FreeHand, Illustrator ou Inkscape, que permite desenhar os contornos de suas letras. Ao contrário de outros programas de desenho, ele espera que você desenhe diversas figuras de uma só vez (uma ou mais para cada letra) e as salva em um banco de dados.
Ele permite que você descreva a forma como estas figuras irão interagir umas com as outras (se você colocar uma figura após a outra, então elas devem ser naturalmente separadas por uma certa distância – as medidas da fonte, ou se estas duas imagens são colocadas lado a lado, e, em seguida, elas se transformam em uma terceira – as chamadas ligaduras tipográficas, e assim por diante).
Finalmente, um editor de fontes vai empacotar todas as imagens das fontes, todos os metadados sobre como essas imagens se encaixam, e transformar esse conjunto de coisas em uma fonte que seu computador pode usar para exibir texto.
Fontforge suporta muitos formatos de fonte, incluindo TrueType, PostScript, OpenType, e SVG. Pode converter as fontes de um formato para outro, ou pode armazenar fontes em seu formato de banco de dados nativo de fontes "spline" (formato .Sfd ), que tem a vantagem de ser baseado em texto. Este formato facilita a colaboração entre designers, porque os arquivos de definição de fontes podem ser facilmente criados, mas os usuários geralmente precisam usar a mesma versão do Fontforge, caso contrário a representação de texto do arquivo .Sfd será diferente e não servirá para o intercâmbio entre os designers.
Para facilitar as conversões automatizadas de formatos e outras transformações, Fontforge implementa duas linguagens de script: sua linguagem própria legada e, mais recentemente, Python. FontForge pode ser construído como um módulo python para ser carregado a partir de scripts em Python.
Formatos de fonte suportados
  • SFD (Formato nativo do Fontforge)
  • TTF (TrueType Font)
  • (PostScript, Type 1 font)
  • (TeX Bitmap Fonts)
  • OTB (X11 bitmap sfnt)
  • BDF (Glyph Bitmap Distribution Format)
  • FON (Windows)
  • FNT (Windows)
  • OTF (OpenType)
  • SVG
  • TTC (TrueType Collection)
  • WOFF (Web Open Font Format)

Muitas fontes livres foram criadas com o FontForge. Segue uma lista delas :
  • Free UCS Outline Fonts (freefont)
  • Linux Libertine
  • DejaVu Fonts
  • Asana-Math
  • Beteckna
  • Inconsolata
  • Junicode
  • OCR-A
  • Rufscript
  • M+ FONTS
  • Jura
  • AtariSmall
  • Engadget
  • Fontes incluídas com o Fontforge
  • Open Din Schriften Engschrift
  • OSP foundry
E, por último mas não menos importante, como instalar fontes TTF na linha de comando (CLI).
Primeiro, baixar, copiar, mover as fontes TTF que você quer para uma pasta temporária no seu / home. O Desktop seria aceitável.
O próximo passo é criar uma pasta dentro de /usr/share/fonts que irá guardar as fontes que você deseja instalar.
Vamos dizer, testfonts

$ sudo mkdir /usr/share/fonts/testfonts

Em seguida, abra o terminal para instalá-los:

$ sudo cp /home/user/Desktop/*. ttf/usr/share/fonts/testfonts/

e atualizar o cache de fontes com este comando:

$ Sudo fc-cache -f

Agora abra o Open Office Writer ou o Gimp, e as fontes devem estar disponíveis! Você pode acessar suas novas fontes True Type em qualquer aplicativo gráfico, de design, ou de edição de texto que use fontes, e, elas estarão ao seu dispor.
Espero que tenham gostado. Nos próximos artigos, vou discutir um software de editoração eletrônica para Linux muito legal, o Scribbus. Até lá, tchau