quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Kinect e Linux - Minority Report na vida real

Nós só vimos isso(até agora) em filmes, especialmente Minority Report, com Tom Cruise. Mas, os talentosos programadores da comunidade Floss já arranjaram uma utilidade para o caro acessório Kinect: Ser um receptor para controle multitouch no ar, sem touchpad ou nenhum outro acessório mais.

Aqui, veja o original de Tom Cruise



E agora, o demo do Kinect Multitouch no Ubuntu


Na tela pequena à esquerda, vê se a imagem do operador sendo rastreada, e, o resto da tela são as suas ações acontecendo em tempo real.
Para conseguir esse efeito sensacional, a interface usa o framework TISCH(Tangible Interactive Surfaces for Collaboration between Humans), que teve uma versão lançada recentemente (14/11/2010) com suporte ao Kinect.

Instalação
Sim você pode instalar este framework através da seguinte PPA:

sudo apt-add-repository ppa:floe/libtisch

sudo apt-get update && sudo apt-get install libtisch libtisch-dev libtisch-csharp libtisch-java libtisch-python


Post original de OMGUbuntu.co.uk AQUI

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Bem Vindo ao mundo de Auteria! - Novo MMORPG p/ Linux

O mundo da Auteria é o cenário para este MMORPG com uma grande variedade de paisagens, desde  selvas a desertos, montanhas, cavernas, vilas e cidades.
Embora provavelmente você vá concordar que este é um cenário bastante comum para um MMORPG mesmo no Linux, que tem uma escolha mais limitada do que outras plataformas, têm algumas coisas que fazem Auteria se destacar das demais alternativas e este review vai explorar os aspectos únicos de Auteria.

O enredo conta como um rapaz caiu através de um portal mágico para o mundo  de Auteria, onde você se encontra (e, a missão principal é responder à pergunta de onde este pioneiro acidental se encontra)

Auteria está disponível como um binário pré-compilado para você apenas descompactar e executar de imediato - O download não é muito grande também.

A criação de personagens é o primeiro ponto de parada para qualquer novo aventureiro, começando com a escolha do seu sexo,  estilo de cabelo, etnia, etc...  Não há qualquer alteração de stats na tela de criação e todos começam com o mesmo nível de habilidade, deixando para o jogador a forma como suas habilidades se desenvolvem. Assim, seu personagem poderia ser Mago ou Guerreiro, Curador ou Enchanter (ou mesmo uma mistura de todos - ou algo totalmente diferente)

Sua aventura começa em um lugar chamado Hometown, que é um conjunto de cabanas de madeira, em uma praia. Até o nível 20 você será capaz de retornar imediatamente para este local, digitando ".beam " no console, que também vai usar para bater papo com outros personagens (humanos).

O cliente Auteria é muito simples de entender, sua interface clara e intuitiva permite  se familiarizar com o jogo rapidamente. A ajuda está à mão sobre qualquer item apenas passando o cursor do mouse sobre ele.

Auteria lida com o progresso do personagem de uma maneira muito semelhante a Eternal Lands, com você tendo os níveis de habilidade para coisas como o ataque, magia, colheita, culinária, etc, tudo que contribuir para a sua  classificação geral de XP.

Mesmo na pequena área explorada, armaduras e armas parecem muito variadas e podem ser compradas em lojas / revendedores ou descartados aleatoriamente por criaturas durante suas batalhas.

Conclusões

Auteria tem todos os ingredientes de um grande MMORPG. Existem cavernas de visual belíssimo e cidades verdadeiramente pitorescas. Embora  certos lugares pareçam muito impressionantes e exijam um sistema surpreendentemente modesto  para rodar no máximo, há também algumas grandes áreas de espaço aberto que se parecem desertas e pouco povoadas.
Acho que esta característica é a questão principal de Auteria - a falta de jogadores. Um dos elementos mais importantes de um RPG online é a comunidade que o joga. Aqui é onde Auteria cai um pouco e, enquanto não há nenhuma razão para que você não possa desfrutar de Auteria como uma experiência a solo, é o elemento MMORPG que atrai os usuários. Isto  é uma pena, enquanto as pessoas elogiam Planeshift, Eternal Lands & Regnum e outros, este título tem  sido negligenciado. Fundamentalmente, este é um título sólido e acho que poderia ser verdadeiramente grande, a medida que mais pessoas o descubram.

Graficamente, Auteria é impecável. As músicas mudam para se adaptar ao ambiente em que se está jogando e, apesar de serem agradáveis e bem construídas,  são bastante curtas em duração, o que significa que podem tornar-se cansativas rapidamente.

O número de quests parece impressionante. Eu praticamente não deixei a noob area do jogo e já existe uma enorme quantidade de tarefas que irão  mostrar como a mecânica do jogo funciona, e, ensinarão novas habilidades (mas, irá prover os meios para o seu personagem evoluir/subir de níveis).
 Você só pode jogar com uma raça humana e eu sugeriria que talvez outras raças fossem oferecidos no futuro, o que ainda poderia ser inserido no enredo de Auteria.

O jogo é muito fácil de jogar e a gui é muito intuitiva, porém acho que leva muito tempo  para  o seu personagem sair para fora das  áreas noob,  e equipá-lo com algumas armas poderosas. Isso pode deixar muitas pessoas desanimadas, mas para aqueles que não se abaterem com isso, vão  encontrar um jogo imenso e variado, de ótimo gameplay e uma experiência muito gratificante. Há alguns toques muito legais, logo no início do jogo, que dão ao jogador uma visão tentadora do que está por vir. Principalmente, você é levado a um passeio dragão em uma das primeiras missões, onde você pode ver a enorme paisagem  de uma pequena parte do mundo do jogo .

A comunidade que existe em Auteria, embora pequena, parece experiente e útil com jogadores que parecem estar casa, dada a experiência que têm com o jogo. Eles ficam muito contentes em ajudar, um aspecto muito importante de todo o MMORPG que deseja criar uma sólida comunidade.

De mais a mais, este é um grande jogo que precisa desesperadamente da sua ajuda. Se você ainda não experimentou ou está procurando uma mudança, seja  de Eternal Lands, Regnum Online,  etc..., então eu recomendo que você experimente  este título. Você não vai se arrepender.

Site: http://www.auteria.com/index.php


Eu gostaria de agradecer ao Tim, do site Openbytes, que gentilmente permitiu que eu traduzisse e postasse este artigo aqui.  Link para o artigo original

I would like to thank Tim, from Openbytes, who kindly allowed the translation of his original post. Original post here.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Como Conectar o MySQL com o Br Office no Linux


Para podermos combinar o poder do MySQL com a praticidade do Br Office, abrindo uma infinidade de possibilidades no Linux, é necessário conectar o MySQL com o aplicativo de banco de dados do Br Office, o Br Office Base.
Existem diversas formas de conseguir fazer isso, e, irei ilustrar uma forma que funciona efetivamente.

Como ligar o BR Office Base no MySQL - As Formas Existentes

  • É possível conectar o Br Office Base com o MySQL com o JConnector, conector Java
  • Com uma extensão nativa do Br Office, MySQL Connector for OpenOffice.org mas, que funciona apenas com a versão 3.1, não tendo sido atualizado até o momento
  • O Conector ODBC, que foi o que melhor se saiu dos três.
Na verdade, não tive sucesso com o JConnector e a extensão MySQL Connector está desatualizada, e não funcionou com a versão corrente do Br Office(3.2)
Então, vamos ver como fazer a conexão BR Office/MySQL com o conector ODBC.


Conector ODBC

ODBC (acrônimo para Open Data Base Connectivity) é um padrão para acesso a sistemas gerenciadores de bancos de dados. Este padrão define um conjunto de interfaces que permitem o uso de linguagens de programação como Visual Basic, Delphi, Visual C++, entre outras capazes de utilizar estas interfaces, para ter acesso a uma vasta gama de bases de dados distintas sem a necessidade de codificar métodos de acesso especializados.
O ODBC possui uma implementação específica da linguagem SQL com a qual a aplicação pode se comunicar com a base de dados de forma transparente, permitindo, por exemplo, que um mesmo programa possa utilizar simultaneamente o MySQL, o Access e o SQL Server sem a necessidade de mudanças na sua camada de dados. O uso destas interfaces está condicionado à existência de drivers ODBC específicos para as bases de dados que se deseja acessar.


Instalação do Conector ODBC no Linux

Será necessário instalar dois pacotes para poder trabalhar com o conector ODBC no Linux, o pacote unixODBC(versão rpm e versão deb) e o mysql-connector-odbc . Claro que, se estes pacotes já estiverem nos repositórios da sua distribuição favorita, o mais indicado a fazer é um apt-get install pacote ou yum/urpmi -i pacote. Caso não esteja(como aconteceu comigo) a solução é baixar dos links que forneci acima.
  1. Depois de instalados os pacotes, para testar se estão funcionando ok, digite $ odbcinst -j, o que deverá listar as opções correntes de configuração do conector ODBC. Algo como :
    unixODBC 2.2.14
    DRIVERS............: /etc/odbcinst.ini
    SYSTEM DATA SOURCES: /etc/odbc.ini
    USER DATA SOURCES..: /home/user/.odbc.ini
  2. Agora vem a parte importante: Configurar os dois arquivos que vão informar ao Br Office como se comunicar com o MySQL. Os arquivos são odbcinst.ini e odbc.ini e ficam localizados em /etc
    odbcinst.ini - Este arquivo vai apontar onde estão os drivers que farão a conexão com o Br Office. Essa é a instalação que funciona na minha distribuição e instalação. Os nomes das bibliotecas e suas localizações podem ser diferentes, mas, nada que um whereis e um locate não resolvam.
    [MySQL]
    Description = ODBC for MySQL
    Driver = /usr/lib/libmyodbc5.so
    Setup = /usr/lib/libodbcmyS.so.1
    FileUsage = 1
  3. odbc.ini
    [MySQL-Teste] - Poderia ser qualquer nome, este aqui foi usado apenas para ilustrar

    Description = MySQL BD_Teste

    Driver = MySQL

    Server = localhost - Aqui vai o endereço IP do servidor MySQL, neste exemplo está rodando na própria máquina.

    Socket = /var/lib/mysql/mysql.sock - O endereço do socket MySQL tem que ser declarado, ele é que vai fazer a conexão entre o Br Office e o MySQL

    User = username - nome do usuário cadastrado no MySQL, que será usado para o Br Office se logar no MySQL

    Password = senha - senha do usuário cadastrado no MySQL, para o Br Office se logar no MySQL

    Port = 3306 - Essa é a porta padrão do MySQL

    Database = teste - NOTE BEM: Aqui vai o nome do BANCO DE DADOS que está no MySQL e com o qual queremos TRABALHAR. Esse banco de dados foi criado anteriormente, com qualquer outra ferramenta MySQL

    Option = 3

    ReadOnly = No - Para permitir que o Br Office possa inserir dados no banco de dados
  4.  Estes foram os passos no sistema operacional Linux. Agora, os passos no Br Office
  5.  Arquivo de Banco de Dados>> Novo
  6. Clique no botão Conectar-se a um banco de dados MySQL e escolha no menu suspenso. Clique em Next.
  7. Na janela seguinte, você deve aceitar a escolha do padrão de conectar usando ODBC, e clique em Avançar.
  8. Clique em Procurar e selecione criado conexão ([MySQL teste] deve estar na lista em nosso caso) e no próximo.
  9. em seguida, digite avançar, não registrar o arquivo. Salve o arquivo. E, a partir daí, poderá começar a trabalhar com seu banco de dados MySQL dentro do Br Office. 
Considerações Finais
Os passos aqui apresentados funcionam perfeitamente localmente. Para se trabalhar em rede(um servidor MySQL remoto) existem algumas alterações, as quais veremos futuramente. O arquivo odbc.ini pode ficar localizado na /home do usuário padrão, caso se deseje alterar frequentemente a configuração dos bancos de dados sendo acessados. Nesse caso, o arquivo odbc.ini que fica em /etc deve ficar vazio, para que não haja conflito.
Devem ser observados os nomes de duas bibliotecas: libmyodbc e libodbcmyS que mudam, de uma distro para outra no Linux, mas, que fazem a mesma coisa, sendo necessário apenas adaptar o nome para que funcione na sua distro preferida.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Como Resetar a Password de Root no MySQL

Para quem já teve o desprazer de perder sua senha de root no MySQL, ou que ainda vai perdê-la, aqui vai uma dica salvadora da pátria.

Pare ou mate o serviço do MySQL
# killall mysqld ou #service mysqld stop

Inicie o MySQL em safe mode (modo seguro):

# mysqld_safe --skip-grant-tables &

"Entre" usando o cliente do mysql:

# mysql

Acesse o banco do MySQL

> use mysql;

Definindo a nova senha do root do MySQL:

> update user set password = password('digite sua nova senha aqui') where user='root' and host='localhost';

Recarregar os privilégios, digitando:

> flush privileges;

Saia do MySQL:

> quit

Reinice o MySQL em modo normal:

# service mysqld stop

E enfim, vamos iniciar o MySQL com a nova senha de root:

# service mysqld start

E pronto, seu root com senha nova e acesso ao banco de dados novamente.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

As Corporações e Você: Quem é quem no Open source - Parte1

Estamos vivendo momentos cruciais para o Open Source: Oracle está processando a Google por patentes, Apple está lutando contra o Android do jeito que pode, ao mesmo tempo que alardeia que é uma empresa open source(falarei disso a seguir) e, a Microsoft dá declarações à imprensa de seu amor ao open source(hein ? WTF ?).
Diante de todo esse bombardeamento de notícias, factoides e meias verdades, como é que a gente fica no meio dessa encrenca toda ?

Para tentar entender esse imbróglio todo, vou fazer uma breve análise das empresas que trabalham com Open Source, e, comentarei como é seu relacionamento com o mesmo. A lista a seguir não é definitiva e nem abrange todas as companhias.

Pró Open Source
Red Hat: É a empresa que melhor sintetiza os ideais do Free, Libre Open Source no mundo. Tem sua distribuição paga, a Red Hat Enterprise Linux, e, uma distribuição gratuita, Fedora Linux,  focada mais no usuário comum e desktop. Há ainda uma distribuição comunitária gratuita, derivada da RHEL, CentOS, que é uma distribuição focada em servidores, mas, sempre desatualizada em relação à RHEL.
Nunca fez acordos que traíssem a comunidade Linux, não apoia a contaminação, seja do desktop, seja da área de servidores, com stacks alienígenas ao Linux, sendo fiel às quatro liberdades da GPL. E, mesmo sendo a virtualização um dos assuntos mais quentes da informática atualmente, a Red Hat disponibilizou o KVM em open source, depois de adquirir a companhia Qumranet de Israel. Por todas essas, Red Hat ganha o primeiro lugar.
Mandriva Software: Empresa francesa que nasceu da fusão da Mandrake Software com a brasileira Conectiva Informática, fica na segunda posição. Possui as versões free, one (ambas grátis) e a powerpack(paga em regime de assinatura).
A versão Free vem apenas com softwares livres open source, enquanto a versão One vem com um mix de softwares livres e alguns softwares proprietários e a versão Powerpack é a versão paga, que traz diversos softwares exclusivos, como o Cedega(para jogar jogos windows), e uma coleção de codecs proprietários para se ter multímidia out-of-the-box.
No setor de servidores, a Mandriva mantém uma distro enterprise com versões tanto para desktop corporativo quanto para server.
É uma distro madura, tem ferramentas fantásticas (uma delas, o famoso Drakconf) e, possui versões abertas e livres de seus softwares para a comunidade.
Não fechou nenhum acordo sinistro de licenciamento e se mantém fiel aos ideais das 4 liberdades da GPL.

Canonical: A empresa por trás do amado Ubuntu Linux vem na terceira posição.
Canonical Ltd é uma empresa privada fundada (e financiada) pelo empresário sul-Africano Mark Shuttleworth para a promoção de projetos de software livre. Canonical está registado na ilha de Man e emprega funcionários em todo o mundo, juntamente com seus principais escritórios em Londres, o escritório de apoio em Montreal e da equipe de OEM, em Lexington, Massachusetts, E.U.A. e Taipei, Taiwan.
A empresa possui uma linha de produtos em torno da distribuição Ubuntu, que é seu carro chefe. Seus produtos incluem:

  • Ubuntu, distribuição Linux baseada no Debian com desktop GNOME.
  • Kubuntu, distribuição Linux baseada no Debian com desktop KDE no lugar do Gnome.
  • Xubuntu, distribuição Linux baseada no Debian com desktop XFCE e otimizada para ser mais leve e rodar em hardware mais antigo.
  • Edubuntu, o núcleo Ubuntu melhorado especialmente para o ambiente educacional ou de clientes magros (Thin Clients).
  • Gobuntu (descontinuada), uma variante do Ubuntu consistindo inteiramente de software livre.
  • Lubuntu, o núcleo Ubuntu com o econômico e leve desktop LXDE no lugar do Gnome, para rodar em hardwares com baixas especificações(netbooks).
  • Ubuntu JeOS, uma eficiente variante do núcleo Ubuntu, desenhada para ser executada em máquinas virtuais.
Fora os produtos da linha Ubuntu, a Canonical tem mais alguns produtos Open Source, como Bazaar, Storm, Upstart e Quickly.
Agora, uma empresa que tem uma forma de distribuição gratuita de Linux (o Shipit), não tem versão paga para a distro desktop e é uma das mais amigáveis existentes, como pode estar em terceiro lugar ?
Explico: As estratégias da empresa, costurando alianças e acordos, pode prejudicar a liberdade dos seus usuários. Fechou acordo com a MPEGLA para licenciar o codec H.264, que é uma ameaça a vídeos livres na web, e, em qualquer lugar, devido as patentes envolvidas. Permite a contaminação do Ubuntu com o software Mono e suas bibliotecas (sobre o perigo do Mono, falarei mais adiante) e, por usar uma estratégia predatória para conseguir market share, as ações da Canonical devem ser observadas bem de perto.

Google Inc: A empresa número 1 em buscas aparece aqui numa quarta posição, e, surpreendentemente, melhor até que outra empresa de software (da qual falarei na sequencia).
A Google Inc é uma empresa bastante querida dos usuários em geral, possui bons produtos, um lema muito interessante (Don't be Evil) e, é sinônimo de competência com seus serviços.
A sua relação com o Open Source é muito boa, já que empresa sempre trabalha para disponibilizar tanto suas ferramentas como seus softwares em licenças abertas, para poderem ser utilizados por toda a comunidade. Possui duas distribuições Linux, Android, para telefones celulares e Google Chrome, a distribuição focada em computação nas nuvens(cloud computing).
Dois exemplos recentes da benevolência Googliana com o open source são: O padrão de comunicação Google Wave(que, infelizmente, falhou em atrair atenção do público) e o codec WebM, que a Google pretende que seja o padrão dos vídeos para o HTML5.
Porém, não podemos nos esquecer que a Google Inc não é uma empresa de software, é uma empresa que usa o software open source como um meio para atingir os seus fins. Assim, ela não é uma empresa open source. Alguns exemplos de tirania da Google são: o fechamento do CyanogenMod do Android(um mod do sistema operacional para celulares que trazia as Google Apps já instaladas) e as recentes conversas com a Verizon, que ameaçam a neutralidade da rede.  Claro que a benevolência Googliana tem suas razões, e, a maior delas é o data mining, essencial para o negócio de buscas e propaganda da Google. Por essas e outras, temos que estar atentos para que a Google Inc não se torne má(Do not become Evil).


Novell: A histórica empresa de Waltham, US, que foi uma das pioneiras da computação em rede, nos primórdios da computação empresarial, agora é uma empresa que fornece soluções baseadas em Linux e open source.
Linux foi um dos componentes chaves para a remodelação da empresa e sua adaptação aos novos tempos, pós Novell Netware, que foi um dos seus mais bem sucedidos produtos, nos anos 90.
Mas, não devemos nos esquecer que a Novell Inc não é uma companhia open source, mas, que viu no Linux e no open source uma oportunidade de se manter relevante, no acirrado mercado da computação cliente-servidor. Na verdade, a Novell tentou atrair os clientes de sistemas Unix e mesmo de seus sistemas Netware, no início dos anos 2000, já que estava havendo uma migração para outras plataformas.
Infelizmente, a Novell não teve muita sorte nas suas estratégias, ficando sempre atrás da Red Hat, às vezes no segundo lugar, às vezes no terceiro, e, por conta do fatídico acordo com a Microsoft, começou a atrair antipatia dentro da comunidade open source. Pior, ela ainda descuida de projetos open source para desenvolver linguagens e frameworks alienígenas ao Linux, como o Mono, que é baseado na tecnologia .NET da Microsoft, esvaziando o desenvolvimento de aplicações nativas para a arquitetura Linux.
A Novell ainda é a gestora do Suse Linux Enterprise e do Open Suse, que é uma importante distribuição Linux, e, por isso, deve ser muito bem observada.
Recentemente, diversos boatos de compra da Novell apareceram. Por isso, não é uma questão de SE a Novell será comprada por outra companhia, mas, quando isso irá acontecer.

Continua


As Corporações e Você: Quem é quem no Open source - Parte2

Continuação da parte 1


Neutras

International Business Machines, a centenária empresa de computação, com o foco voltado para a computação empresarial, é uma empresa com muitos projetos voltados ao open source: Eclipse, o framework, o desenvolvimento do kernel Linux, que a IBM auxilia com programadores contratados para isso, SElinux, Xen, dentre muitos projetos, os quais não cabem aqui.
A IBM começou a se envolver com o Linux em 1998, e, com o Linux, viu uma oportunidade de agregar valor ao serviço que já prestava. Como o Linux é excelente na escalalibilidade, desde projetos médios até projetos de supercomputadores, a IBM passou a utilizar Linux em suas atividades.
Em 1999, criou o Linux Technology Center, para integrar o Linux aos serviços que ela já prestava, como também para melhorar o kernel Linux para seus produtos. Um dos resultados  foi a disponibilização do kernel Linux para diversas plataformas: x86, mainframe, PowerPC, e mais recentemente, os processadores Cell(Playstation 3).
IBM encontrou no Linux uma ferramenta para continuar relevante no cenário da computação cliente-servidor. Ela não possui uma distro, mas apoia igualmente o Red Hat Enterprise Linux e o Suse Linux Enterprise em seus servidores.
Sendo uma empresa que tanto apoia o Linux, como aqui está classificada como neutra ? Há várias razões para isso.
A empresa apoia o Linux apenas onde ele é necessário para que ela tenha sucesso no mercado, não fazendo nada mais por ele. Bob Sutor, vp de Linux e open source, disse em 2009, que o Linux no desktop era uma batalha perdida.Ora, uma batalha perdida que rende alguns bilhões de dólares para a big blue, e, ainda a torna relevante no momento atual ? Nossa, um pouco de esforço pelo Linux como um todo seria bom, não?
Outro aspecto em que a IBM peca, e, se coloca em cima do muro, é a questão de patentes de software, na qual ela se diz uma empresa que apoia o Linux e o open source, e, ao mesmo tempo, é a favor de patentes de software. Recentemente, a IBM mostrou que poderia usar seu portfólio contra uma empresa que desenvolvia um produto baseado no emulador Hercules.


Yahoo:Yahoo, empresa de tecnologia, foi fundada por Jerry Yang e David Filo em janeiro de 1994 e foi incorporada em 1o março de 1995.
A empresa é mais conhecida por buscas online e serviços online diversos, mas, teve diversos projetos open source sob sua tutela(talvez o mais conhecido seja o Zimbra, servidor de e-mails / groupware open source compatível com o MS Exchange) , e, foi vendido para a VMware in janeiro desse ano.
Existem muitos outros projetos open source sendo desenvolvidos ainda pela Yahoo, tais como: 
Sendo o Hadoop, OAuth e o OpenID os mais famosos. A partir de 2008, a empresa sofreu uma tentativa mal sucedida de compra pela Microsoft, e, depois da substituição do CEO Jerry Yang pela sra. Carol Bartz, finalmente a Microsoft conseguiu tomar conta da Yahoo. Diversos projetos Open Source dentro da Yahoo foram extintos, colocando dúvidas se a empresa vai levar adiante seus projetos depois da tomada disfarçada pela Microsoft.


Neutra-Hostil

Nessa classe, temos apenas uma empresa. Mas, essa vale por todas. Diria-se que, com amigos como a Oracle, o Open Source não precisa de inimigos.

Oracle: Empresa fundada em 1977, por Larry Ellison, Bob Miner e Ed Oates, a Oracle sempre foi uma empresa de software proprietário, e, sua relação com o Open Source nunca foi das melhores.
Há 3 anos atrás, não tendo conseguido comprar a Red Hat, a Oracle criou uma distribuição Linux baseada no código fonte do RHEL, o Oracle Unbreakable Linux. Ou seja, não conseguiu o seu intento, mas, achou uma forma de se aproveitar do trabalho e da genialidade da Red Hat. E pior, ainda passou a oferecer aos clientes da Red Hat a sua versão de Linux, por preços muito mais baixos. Concorrência desleal é pouco. Recentemente adquiriu a Sun Microsystems e encerrou o sistema operacional Open Solaris, pondo em dúvida o futuro de diversos projetos Open Source que eram desenvolvidos pela Sun (MySql, Open Office, Virtual Box e outros).
Para coroar as desastradas ações da Oracle, em 12 de agosto de 2010, a empresa processou a Google, Inc por quebra de patentes relativas ao Java em sua plataforma móvel, o sistema operacional Android.
E, o próprio Larry Ellison declarou, em 2006: "Se um produto Open Source ficar bom mesmo, a gente vai lá e pega" , demonstrando que não teria nenhum escrúpulo em se aproveitar do trabalho da comunidade Open Source.

Continua

As Corporações e Você: Quem é quem no Open source - Parte3

Continuação da parte 2


Hostis
Finalmente, a categoria mais esperada. As empresas que, com suas ações(ou omissões) atingem o Open Source, com intento de destruí-lo ou descaracterizá-lo.


Apple: A empresa número um em gadgets (caros) de tecnologia, a Apple possui ligações profundas com o Open Source. Alguns projetos estão intimamente ligados a ela.
A Apple, obviamente, ama os projetos BSD, que lhe permitem sugar o que puder da comunidade, e não dar nada em retorno. Tanto que baseou seu MacOSX num núcleo BSD, colocando uma gui proprietária em cima (Quartz).
Mas, não é só isso: Webkit, o engine por detrás do Google Chrome, começou como um fork do Khtml, o engine de rendereização HTML do KDE.
A Apple se aproximou dos desenvolvedores do KDE em 2002 e se aproveitou muito bem do trabalho deles. Mas, como era de se esperar, na hora de incorporar o trabalho da Apple de volta ao código do KHTML, a empresa dificultou de todas as formas possíveis o acesso dos programadores do KDE as mudanças que tinham feito no código, pedindo NDA's e alegando estar protegendo segredos comerciais.
A relação ainda hoje não é das melhores, e, mesmo com a abertura de código do Webkit pela Apple(licença parte BSD, parte LGPL), ainda se teme pelo futuro do KHTML, componente essencial do browser Konqueror do KDE.
Mas, não é só isso. A Apple ainda possui um ponto vital para o Linux, o CUPS, o sistema de impressão adotado por todas as distribuições Linux, que a Apple passou a usar em 2002, no seu MacOSX, e, acabou comprando a companhia em 2007.
E, houve mudanças em sua licença, sendo parte LGLP, e, parte proprietária(após a aquisição pela Apple). Mas, mais uma vez se observa o hábito da Apple de se aproveitar do melhor do trabalho alheio, sem muita preocupação em dar algum retorno para quem o produziu.
E, não podemos nos esquecer que a Apple processa a HTC, fabricante de celulares asiática, por causa do sistema operacional Open Source Android. Então, é uma empresa que pode ser muito prejudicial ao Open Source.

Microsoft:  Microsoft tem uma antiga relação com o Open Source. Na época do windows 95/NT, o stack TCP/IP dele foi "inspirado" no BSD. Sim, a Microsoft ama o Open Source. Ama se apropriar dele, cobrar caro e não dar nada em troca para ninguém.
Mais recentemente, a Microsoft, num gesto de "boa vontade" com a comunidade, criou o seu próprio portal web para acomodar projetos Open Source, a Codeplex foundation e, já tinha há algum tempo um portal para desenvolvedores, o Port25.
Mas, que surpresa quando "apareceu" uma ferramenta para instalação do windows 7, que tinha código muito parecido com um projeto que estava hospedado no Codeplex. Que feio Microsoft, se apropriando sem nenhuma vergonha dos projetos no Codeplex foundation.
Mas, não foi só isso: Código sendo usado no supervisor de virtualização, Hyper-V, também tinha traços de cópia de projetos Open Source. O que a Microsoft, rapidamente, tornou uma "doação" para os drivers do kernel Linux.
No mesmo espírito de "inspiração" pelo trabalho alheio, Microsoft também se inspirou no Plurk para criar seu MSN Juku. Claro, teve que tirar do ar depois que foi pega com a boca na botija.
Há algum tempo atrás, processou a Tom Tom, fabricante de dispositivos GPS, sobre patentes de sistemas de arquivos.  E, recentemente, processou a Salesforce, de forma agressiva e não provocada, já que seu sistema de CRM não consegue competir com o sistema Open Source da Salesforce.
Isso sem falar dos acordos com Novell, HTC, Samsung, LG, que adiciona uma taxa "imaginária" de licenciamento de patentes, para que se possam usar projetos Open Source, dos quais Microsoft nunca participou e, jamais quis que prosperassem.
Fora o Mono/Moonlight, que é uma bomba de tempo, que habilita a Microsoft a tomar atitudes como o processo da Oracle contra a Google. Ou seja, se o Mono/Moonlight não for ejetado do ambiente Linux, poderemos ver, num futuro não muito distante, mais ações ridículas como a da Oracle.

Menções (dis)Honrosas
As empresas citadas a seguir são empresas que violaram a GPL em algum momento, ou continuam a violar até hoje.
E, esta lista pode mudar, a qualquer momento. Esperamos que aumentem as empresas amigas do Open Source e seguidoras da GLP.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Blogagem Coletiva de repudio ao AI5 Digital – 31/08

Amigos, os adoradores do AI5Digital e da ditadura,  os amantes do vigilantismo, os defensores dos direitos econômicos em detrimento dos direitos civis que formam o tripé do atraso, estão se movimentando para aprovar o famigerado e monstruoso AI5Digital que há muito deveria ter sido fulminado, destruído e acabado.
A turma do Grande Irmão: Azeredo, Febraban, Fecomercio e outros do mesmo quilate estão fazendo uma força tremenda para nos empurrar o AI5Digital guela abaixo de qualquer forma, vamos aos fatos:
  1. A mídia continua repetindo o Mantra da Irracionalidade contra a Internet
  2. No dia 05/08/10  O Deputado Pinto Itamaraty do PSDB apresentou parecer favorável ao AI5Digital, ignorando todos os argumentos e movimentos sociais dos últimos três anos.
  3. Seis dias depois aparece uma matéria dizendo que os Deputados buscarão acordo para votar a lei de crimes na Internet.
  4. E agora um evento para lá de esquisito organizado pela revista Decision Report, uma publicação que parece estar à serviço do Azeredo e do vigilantismo, se anuncia para o dia 31/08 com o título oportuno (para o tripé do atraso) de: Crimes Eletrônicos – A urgência da lei. O curioso e que este evento conta com 19 palestrantes para falarem em 2:30h, o que dá um pouco mais de 7 minutos para cada um.
Por estas e por outras que estamos convocando uma blogagem coletiva para o dia 31/08/10, justamente no dia do tal evento à serviço do Azeredo e do AI5digital, vamos fazer uma blogagem coletiva contra o AI5Digital para lembrar a todos que queremos a Internet como um espaço livre e democrático!!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Diablo + Fallout = FreeDroid


FreedroidRPG é um maduro projeto de jogo sci-fi  RPG de perspectiva isométrica.
Ele se esforça em proporcionar um ambiente imersivo apoiado por gráficos refinados, faixas de música e efeitos sonoros.
Além das fases de ação hack'n'slash, diálogos com dezenas de
NPCs se encarregam  de contar a história. O jogador pode lutar com armas de contato ou à distância, assumir o controle de seus inimigos por "hacking", e executar códigos remotamente nos robôs inimigos.

Originalmente baseado no jogo freedroid Classic, este projeto se distanciou muito do jogo original.

O jogo conta a história de um mundo destruído por um conflito entre os robôs e seus mestres humanos.
Jogue como o Tux em uma missão para salvar o mundo dos robôs assassinos rebeldes, que não conhecem  misericórdia.
Você escolhe qual o caminho que deseja seguir, e, a liberdade de escolha está em toda parte no jogo.

FreeDroidRPG apresenta um sistema completo de combate em tempo real com armas de contato e armas de longo alcance, bastante semelhantes
ao proprietário jogo Diablo. Há também um sistema inovador de magia,
com características tais como invocação forçada (forced casting) e mais de 20 feitiços.
Você pode usar mais de 50 tipos diferentes de itens e lutar contra inúmeros inimigos no caminho para seu destino.
Possui um sistema de diálogo avançado, que pretende ser, pelo menos, no nível de Fallout.
Os diálogos do jogo representam uma grande parte do jogo.
Finalmente, se as armas são muito imprecisas e lâminas muito desajeitadas, você sempre pode hackear seus inimigos
e fazê-los lutar ao seu lado.

Este jogo ainda está em pesado desenvolvimento e é muito provável que mude no decorrer do processo, mas, já é 100% jogável.

Site: http://freedroid.sourceforge.net

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Starcraft 2 no Linux com o Wine - Como Fazer


Okey- Eu já mencionei antes que eu jogo Starcraft 2 no meu Linux sem problemas.
Desde o lançamento oficial do jogo há alguns dias atrás eu fui ficando com um bom tráfego naquelas duas páginas - por isso pensei em fazer um HOWTO rápido sobre como rodar o Starcraft 2 na sua distro Linux preferida. O jogo funciona no Wine 1.2 e / ou Crossover Games 9.1 com um pouquinho de trabalho (no Crossover Games é mais fácil fazê-lo rodar).
Já que grátis é bom eu vou falar primeiro como fazer pelo WINE.
Primeiro, baixar e instalar o Wine 1.2 em seu sistema. Em seguida, execute os seguintes comandos no terminal:

cd ~/Downloads
wget http://winezeug.googlecode.com/svn/trunk/winetricks
chmod +x winetricks
./winetricks droid fontfix fontsmooth-rgb gdiplus gecko vcrun2008 vcrun2005 allfonts d3dx9 win7
winecfg

Na janela de configuração que abre vá para a aba bibliotecas e digite mmdevapi na caixa Nova substituição para a biblioteca e clique em adicionar. Agora, procure na lista das substituições existentes por mmdevapi clique em Editar e configure para desativada. Por fim, clique na guia áudio e configure-a para alsa.
A partir da versão 9.1 do Crossover, Starcraft 2 está listado como "oficialmente suportado" e, como tal, você vai ver que tem uma entrada no instalador automático de jogos.
O único problema é que depois do jogo ter sido instalado o processo StarCraft 2 pendura - o que significa que o Crossover nunca sabe que o jogo terminou de instalar e desta forma nunca cria os itens de menu para ele.
Por sorte há uma solução simples para isso - depois de terminada a instalação de Starcraft 2, abra o seu sistema monitor de processos e procure por qualquer processo rebelde de Starcraft 2 e finalize-o.
Depois de ter feito isso, o instalador do CrossOverGames saberá que terminou de instalar o jogo e irá criar as entradas de menu como deveria.
Também - se você está tentando instalar a partir do CD vendido no varejo (com Wine ou Crossover) você pode precisar montar manualmente o disco devido a um problema com o auto mounter para PC/Mac. Para fazer isso, execute os seguintes comandos no terminal:

sudo umount /media/SC2*
sudo mount -t udf -o ro,unhide,uid=$(id -u) /dev/cdrom /media/cdrom

Eu testei os métodos acima no Ubuntu 10.04, mas devem ser aplicáveis a qualquer distribuição Linux moderna.
Caso algum problema apareça, sinta-se livre para deixar um comentário abaixo e eu farei o melhor para ajudar a resolver o(s) problema(s). Feliz jogo!!!

Agradecimentos especiais ao Sr. Jeff Hoogland, que gentilmente permitiu a tradução de seu artigo original http://jeffhoogland.blogspot.com/2010/07/howto-starcraft-2-on-linux-with-wine.html

Special thanks to Mr. Jeff Hoogland, who kindly permitted the translation of his original post http://jeffhoogland.blogspot.com/2010/07/howto-starcraft-2-on-linux-with-wine.html

domingo, 1 de agosto de 2010

Resolvendo o Congelamento do APT-GET / Synaptic


Recentemente passei por um problema com o Synaptic/APT-GET, e, gostaria de dividir com vocês uma maneira simples de resolver esse problema.

APT-GET - Uma sacada Genial
APT-GET é uma ferramenta muito boa para se trabalhar com instalação de pacotes. Existem outras, mais recentes, mas, a robustez, confiabilidade e facilidade da ferramenta APT-GET lhe dão um lugar de destaque nas principais distros.
Nascida na distro Debian, foi portada para as distros com pacotes RPM pela nossa saudosa Conectiva.
A ferramenta APT-GET busca dos repositórios listas de dados sobre todos os pacotes da distribuição, e, constrói um banco de dados relacionando os pacotes, suas dependências, quais pacotes novos no repositório, quais estão deprecados e assim por diante.

Quando se faz um apt-get update ou se aperta o botão recarregar do Synaptic, diversas listas são baixadas dos repositórios, e, dessas listas se constrói um banco de dados que relaciona todos os pacotes.
Bem, quando há algum problema nessa fase do procedimento, no momento de baixar as listas ou de construir o banco de dados, pode botar tudo a perder. E, isso aconteceu comigo.
No momento de gerar o banco de dados, houve uma corrupção de arquivos. Resultado: Nem o apt-get funcionava mais, e nem o Synaptic.

Nada de Pânico, a solução é Simples
Quando isso aconteceu comigo, fiquei preocupado, já que não estava vendo uma solução: O Synaptic congelava e o apt-get (na linha de comando) também.
Pensei... Formatar e reinstalar ???
Foi quando comecei a pesquisar um pouco mais a fundo sobre o apt-get e o Synaptic (ou, qualquer outro front-end gráfico, AdePT, APTitude, etc...)
E, a solução é bem simples. Os passos que darei aqui são relativos a distros que usam pacotes RPM, mas, a analogia pode ser feita para distros baseadas em pacotes deb também.

  1. Procure o seguinte o diretório /var/lib/rpm
  2. Nesse diretório vão estar os arquivos do banco de dados do apt-get/synaptic. São arquivos com a seguinte nomenclatura __db.000 por diante. Dependendo do tamanho dos repos, poderão ter diversos arquivos assim.
  3. A seguir, apague todos os arquivos __db que existirem nesse diretório. Claro que você deverá estar logado como root. E, muito cuidado se for fazer rm -f. O ideal é usar um gerenciador de arquivos gráfico aqui, para você ver quais arquivos vai apagar e não cometer nenhum erro.
  4. Depois de apagar os arquivos __db, digite os seguintes comandos: #rpm -v --rebuilddb . Isso vai reconstruir o banco de dados do apt-get
  5. Se tudo correr bem, você poderá, a partir de agora, usar o comando apt-get e seus front-ends gráficos sem problemas. E, sem precisar reinstalar sua distro.

Essas dicas são válidas para as distros baseadas em pacotes RPM: Red Hat, Mandriva, PCLinuxOS, CentOS e Fedora. Mas, com as devidas adaptações, podem rodar em distros com pacotes deb.