domingo, 25 de abril de 2010

Wings 3D - Asas à Sua Imaginação no Linux


Wings 3D é um modelador de subdivisão de fonte livre e aberta,  inspirado pelo Nendo e o Mirai da Izware. Wings 3D é o nome da estrutura de dados winged-edge que ele usa internamente para armazenar dados de coordenadas e adjacências, e é comumente referida pelos seus usuários simplesmente como Wings.
Wings 3D está disponível para a maioria das plataformas, incluindo Windows, Linux e Mac OS X, utilizando o ambiente de Erlang.


Visão Geral
Wings 3D pode ser usado para modelar e texturizar modelos de baixa a médio número de polígonos. Wings não suporta animações e só tem facilidades de renderização OpenGL básicas, embora possa exportar para software de renderização externos, como o POV-Ray e YafRay.

Ainda assim, Wings é frequentemente usado em combinação com outros softwares, sendo que os modelos feitos em Wings são exportados para aplicações mais especializadas em renderização e animação como o Blender.


Interface
Wings 3D usa menus contextuais em oposição a uma interface gráfica altamente iconizada. A modelagem é feita usando o mouse e teclado para selecionar e modificar os diferentes aspectos da geometria de um modelo em quatro diferentes modos de seleção: Vertex, Edge, rosto e corpo.

Devido aos menus sensíveis ao contexto do Wings, cada modo de seleção tem seu próprio conjunto de ferramentas de mesh. Muitas dessas ferramentas oferecem usos básicos e avançados, permitindo que os usuários especifiquem vetores e pontos para alterar a forma como uma ferramenta afetará o seu modelo. Wings também lhe permite adicionar texturas e materiais para seus modelos, e tem  mapeamento AutoUV embutido.


Características

  • Uma grande variedade de seleções e ferramentas de modelagem
  • Ferramenta de Modelagem com suporte a ímãs e operações com vetores
  • Teclas de atalho personalizáveis e interface
  • Tweak Mode permite-lhe fazer ajustes rápidos de um mesh
  • Atribuir e editar iluminação, materiais, texturas, cores e Vertex
  • Mapeamento AutoUV
  • Suporte a NGon mesh
  • Um gerenciador de plugins para adicionar e remover plugins
  • Importação e exportação em vários formatos populares   


Formatos de Arquivo
Wings carrega e salva os modelos em seu próprio formato (.wing), mas também suporta vários padrões de formatos 3D  .


Importação
  • Nendo (.ndo)
  • 3D Studio (.3ds)
  • Adobe Illustrator (.ai)
  • Autodesk FBX (.fbx)
  • Lightwave/Modo (.lwo/.lxo)
  • Wavefront (.obj)
  • PostScript (Inkscape) (.ps)
  • Encapsulated PostScript (.eps)
  • Stereolithography (.stl)
Exportação    
  • Nendo (.ndo)
  • 3D Studio (.3ds)
  • Adobe Illustrator (.ai)
  • BZFlag (.bzw)
  • Kerkythea (.xml)
  • Autodesk FBX (.fbx)
  • Lightwave/Modo (.lwo/.lxo)
  • Wavefront (.obj)
  • POV-Ray (.pov)
  • Cartoon Edges (.eps)
  • Stereolithography (.stl)
  • Renderware (.rwx)
  • VRML 2.0 (.wrl)
  • DirectX (.x)


Site: http://www.wings3d.com/

domingo, 18 de abril de 2010

Para onde o Ubuntu está indo ???


Ubuntu Lucid ??? Ou o Gato Risonho da Alice ???
Muitas vozes se levantam contra o Ubuntu, e, como já foi dito antes, parece que “malhar” o Ubuntu se torna quase um esporte. Mas, minha intenção com este artigo, é fazer uma crítica equilibrada, sem o peso de uma malhação apenas e tão somente, e, de uma crítica negativa.

Na verdade, o que todos nós nos peguntamos, e, tememos, é: Para onde o Ubuntu está indo ??? Quais os rumos que uma das distribuições mais amadas(e odiadas), a mais popular, no sentido de ser conhecida e ter muitos adeptos, vai tomar daqui pra frente.

O Ubuntu, inegavelmente, está num ótimo momento, pode-se dizer que ele já alcançou tração bastante para seguir seu caminho “per se”.

Quando tive contato com o Ubuntu, e, isso foi nos tempos do 6.06 e do 6.10, o Ubuntu parecia um Knoppix melhor do que o Knoppix. Era uma distro muito promissora, dando sinais de que iria trazer o Linux, até então uma arcana magia de geeks e nerds, para o usuário comum.

O Ubuntu não teve tanto impacto no Brasil, já que tínhamos duas distros nacionais, a Conectiva Linux, mais voltada ao setor empresarial e o nosso amado Kurumin, um remaster do Knoppix, que, graças ao sr. Carlos Morimoto, se tornou única, com seus scripts que faziam até winmodems funcionar.

Então, o Ubuntu não foi recebido com a surpresa e o espanto com que foi recebido em outros países, os Estados Unidos principalmente.

Como eu não era um usuário, não acompanhei a trajetória do Ubuntu até chegar às versões mais recentes, 9.04 e 9.10, a mais recente, Karmic Koala.

Como a adoção de kernels mais recentes e o reconhecimento de hardware estavam muito bons, passei a sugerir a meus clientes a adoção das versões mais recentes do Ubuntu.

E... Qual a minha surpresa quando precisei mexer no Ubuntu mais recente...

Primeiro, ele não vai para a linha de comando facilmente. O inittab não existe mais. Então, de nada adianta tentar setar o runlevel = 3 para logar na CLI que não se consegue. Hummmm... Bom, é interessante(será ?) esconder a CLI de usuários novos. Mas, e quando se precisa fazer manutenção nele ? Não é fácil de se chegar à linha de comando.

Então... Instalei um notebook para cliente, com vídeo SiS. E, claro, a configuração de vídeo ficou a padrão 800 x 600. Ahhh, fácil... É só mexer no xorg.conf e pronto. E... Cadê o xorg.conf ? Foi abolido também...

Então, nos deparamos com decisões tecnológicas sobre o Ubuntu, que são motivadas por questões políticas e mercadológicas.
Já vimos isso antes, que motivos políticos geram decisões tecnológicas. Uma das maiores empresas de software proprietário sempre pautou suas decisões tecnológicas por questões políticas. Ou colocar o Internet Explorer dentro do windows 98 foi apenas para que os usuários tivessem uma melhor experiência em usabilidade ???

Assim, as decisões da Canonical sobre o Ubuntu, numa base política, estão levando-o por tortuosos caminhos tecnológicos.
E, estas tensões, entre aquilo que se queria que o Ubuntu fosse e aquilo que a Canonical se permite fazer com ele, criam atritos como o do episódio do posicionamento dos botões no Ubuntu 10.04.
E aí, vem o próprio Mark Shuttleworth dizer que o Ubuntu não é uma democracia.
Hummmm... Fica a questão no ar: Para conseguir trabalho altamente especializado, o Ubuntu é uma comunidade. Quando essa comunidade quer ser ouvida, o Ubuntu não é uma democracia ???

Eu penso que a questão do “atrito” que houve por causa do design do novo Ubuntu foi menos pelo design em si, e mais por um clamor da comunidade, para ser ouvida em seus anseios.

O Ubuntu em sua nova versão já não virá com o Gimp, uma das pedras angulares do movimento Open Source. Em seu lugar, o F-Spot, que tem muito poucos recursos, usa uma biblioteca para “traduzir” a api em que foi escrito (.NET) para ser executado no Linux e, por conta disso, ocupa um espaço substancial no disco. Note se aqui que em diversas pesquisas on line, os usuários do Ubuntu votaram contra a retirada do Gimp em sua maioria.

A política envolvida molda os rumos do Ubuntu, e, essa política parece estar direcionada em atrair o maior número possível de usuários, fazendo concessões que deixam os usuários mais antigos surpresos. Eu tinha esperança que o Ubuntu, ao atrair o grande público para o Linux, poderia mostrar que existe algo além das janela$, que a tecnologia da informação é muito mais do que apertar botões e ser um viveiro de vírus e pragas digitais, que um mundo diferente é possível.

Mas, as decisões da Canonical apenas estão repetindo um cenário já conhecido, e, para atrair mais usuários, está fazendo o Linux ficar imbecilizado, perpetuando péssimas práticas e, consequentemente manchando o bom nome do Linux.

A Canonical não é uma empresa Open Source. Não como a Red Hat, que desde o seu início prezou os princípios do Open Source e as quatro liberdades da GPL. Não, Canonical está mais para uma empresa como a Apple. E, com os rumos que está dando ao Ubuntu, não vai demorar muito para ele não ser mais GNU/Linux Ubuntu (como alguns queriam, há pouco tempo atrás, na Gnome foundation, que o Gnome deixasse de ser GNU).

Assim, se o que você procura é uma distro que seja comunitária, com ampla participação e respeito pelas vozes da comunidade, procure por uma distro como o Debian, que é lastreada pela Debian foundation, ou pela distro Fedora, que é o ramo free da Red Hat. Essas distros são mais fiéis ao espírito da GPL e ouvem efetivamente sua comunidade. Não apenas os executivos...

Claro que existem outras opções ao Ubuntu, distros derivadas dele, que não seguem tão à risca o design da distro mãe: São elas o Kubuntu e o Linux Mint. Essas não estão tão amarradas aos desígnios da distro mãe.

Mas, depois de todas essas linhas, não pensem que eu quero que o Ubuntu fracasse. De jeito nenhum, quero que o Ubuntu tenha sucesso. Mas, as decisões de seus executivos estão minando suas possibilidades, já que nem como uma peça de FLOSS e nem como um sistema proprietário ele vai se destacar. Se continuar nessa direção... Sem um rumo certo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Usando filtros do Photoshop no Linux


Uma das queixas do pessoal que trabalha com o Photoshop é não poder trabalhar com os seus plugins no Linux. O Photoshop possui plugins de efeitos e filtros que aumentam a sua funcionalidade, expandindo a capacidade do programa. No Linux, o Gimp possui sua própria gama de plugins e scripts, mas, para satisfazer o pessoal que torce o nariz para o Linux e o Gimp, vou apresentar não uma, mas duas maneiras de fazer os plugins do Photoshop funcionarem no Linux.


A Forma Mais Efetiva


Todos que já tiveram contato com o windows devem conhecer um pequeno programa visualizador de imagens chamado Irfanview. Este pequeno programa é um verdadeiro canivete suíço para a visualização de imagens, e, uma das suas mais notáveis características, é poder fazer pequenas edições nas imagens. Dentro dessas edições, é possível usar filtros de efeitos 8BF, o formato dos filtros Adobe Photoshop. E, este recurso é que iremos usar para podermos rodar os plugins do Photoshop no Linux. Para podermos rodar o Irfanview no Linux, vamos precisar instalar o Wine.


Então, mãos à obra
  1. Instale a versão mais recente do Wine nos repositórios da sua distribuição. Já que o Wine está presente em quase todos os repositórios de quase todas as distros, não deve haver problema quanto a isso.
  2. Procure pela versão 3.98 do Irfanview, que é uma versão que trabalha excepcionalmente bem com o Wine, e, consequentemente, com o Linux.
  3. O download do Irfanview 3.98 pode ser feito a partir do site http://www.oldversion.com/download_IrfanView_3.98.html, que é um site especializado em guardar versões antigas de programas da plataforma windows.
  4. Instalar o Irfanview é muito fácil. Apenas abra o instalador irfanview398.exe com o Wine e ir respondendo às perguntas do instalador.
  5. Depois de instalado, no drive falso c:\, que fica dentro da pasta /.wine, vão aparecer diversas subpastas no diretório do Irfanview. A que nos interessa é Program Files/IrfanView/Plugins/Adobe 8BF.
  6. Dentro desta pasta você deverá colocar os plugins que deseja usar. Sites como http://www.allgraphicdesign.com/graphicsblog/2007/10/1000s-of-free-photoshop-plugins-filters-megalist/ fornecem todos os links possíveis de onde baixar plugins para 8BF compatíveis com o Photoshop.
  7. Depois, acesse o menu Image, Effects, Adobe 8BF filters


  8. Vai aparecer algo assim:


  9. Clique em "Add 8BF filters"

  1. Indique onde os estão os filtros
  2. Clique em "Ok"
  3. E você terá à sua disposição todos os filtros do Photoshop para usar no Linux.
    Lembrando que as imagens tratadas pelos filtros, através do Irfanview podem ser coladas/copiadas no Gimp, já que o Wine provê uma integração suave com o ambiente Linux. Assim, se pode editar uma imagem com Gimp tendo a mão todos os plugins de efeitos do Photoshop, rodando numa sandbox no seu Linux com o Wine.


A Forma mais integrada
Existe uma forma mais integrada ao Gimp, que ainda necessita do Wine para funcionar, mas, não precisa de um programa externo, como o Irfanview. É um plugin para o Gimp que permite rodar os plugins Adobe 8BF internamente. Este plugin chama-se PSPI, e foi um plugin feito para a versão windows do Gimp poder trabalhar com os plugins 8BF. Como o Gimp é open source, foi uma questão de tempo para que ele fosse portado para o Linux.
O plugin PSPI foi criado por Tor Lillqvist, e, pode ser baixado no seguinte link:
http://tml.pp.fi/gimp/pspi.html, com pacotes compatíveis para diversas distros.


Como Usar
Seguindo as instruções do próprio autor, o plugin PSPI é composto de 3 arquivos:
  • README.linux
  • pspi, um pequeno shell script
  • pspi.exe.so, o binário que o Wine executa.


Copie  pspi e pspi.exe.so para a pasta plug-ins do GIMP , geralmente em ~ / .gimp-2.6/plug-ins.


Quando você executar o GIMP, ele vai emitir um pequeno alerta "wire_read (): Error" dizendo que pspi.exe.so não pode ser executado diretamente. (O script PSPI pode, no entanto, e é a partir do ponto de vista do GIMP, um plugin nativo do GIMP ) Este aviso é inofensivo (GIMP simplesmente ignora o arquivo então), mas se você quiser evitar isso, coloque o executável pspi.exe.so em algum outro lugar e modifique o script PSPI para apontar para seu novo local.


Depois de iniciar o GIMP, vá para  eXtns: Photoshop Plug-in Settings e digite a pasta onde você vai colocar os plugins do Photoshop (arquivos .8 bf) que você deseja usar no GIMP.


Preferencialmente você deve usar uma pasta vazia para isto, e depois instalar (copiar) os plug-ins Photoshop um por um, verificando que cada um funcione. Não é muito útil sair correndo e instalar um caminhão de plug-ins Photoshop de uma vez e achar que todos eles vão funcionar com o PSPI.
Depois de instalados, os plugins se comportam como se fossem plugins nativos do Gimp, no menu filters. Nesse exemplo abaixo, o plugin PTlens está instalado.

O que deve ser comentado sobre o plugin PSPI é que ele não é 100% garantido de funcionar com todos os plugins do Photoshop (8BF), e, pode ocasionalmente travar ou derrubar o Gimp.
Mas, como vimos, temos opções para usar os plugins 8BF no Linux.




domingo, 4 de abril de 2010

OpenShot - Mais um editor de vídeo fácil e poderoso no Linux


OpenShot Video Editor é editor de vídeo não-linear de código-fonte aberto,  para Linux, criado com Python, GTK e o framework MLT.
O projeto foi iniciado em agosto de 2008 por Jonathan Thomas, com a finalidade de proporcionar um ambiente estável, livre e amigável para se usar um editor de vídeo.


Recursos


  •  Suporte para muitos formatos de vídeo, áudio e  de imagem (com base no FFmpeg)
  • Integração Gnome (suporte a drag and drop)
  • Várias faixas
  • Redimensionamento de Clip , recorte e encaixe
  • Video previews transições em tempo real
  • Composição, superposições de imagens, marcas d'água
  • Modelos de títulos, criação de logos
  • SVG amigável, para criar e incluir títulos e créditos
  • Rolagem de créditos de filme
  • clips de cores sólidos  (incluindo o canal alfa de composição)
  • Suporte para sequências Rotoscoping
  • Arrastar e soltar na linha de tempo.
  • Frame stepping mapeamento de chaves: Chaves J, K, e L
  • Codificação de vídeo (com base no FFmpeg)
  • Animação quadro-chave
  • Zoom digital de clips de vídeo
  • Mudanças de velocidade em clips (câmera lenta etc)
  • Transições exclusivas  e máscaras
  • Re-dimensionamento dos clips (tamanho do quadro)
  • Edição e mixagem de áudio
  • Presets de animações quadro-chave e layout
  • Efeito Ken Burns (de vídeo, fazendo panning sobre a imagem)
  • Efeitos de vídeo digital , incluindo brilho, gama, matiz, escala de cinza, chroma key (tela azul / greenscreen), e mais de 20 efeitos de vídeo

OpenShot fornece ampla edição e composição de recursos, e foi concebido como um instrumento prático para trabalhar com vídeo de alta definição, incluindo HDV e AVCHD.

 Já que o Openshot é baseado no FFmpeg, todos os codecs suportados pelo FFmpeg são suportados pelo Openshot.

Site: http://www.openshotvideo.com/