sábado, 27 de março de 2010

Celtx-Linux na produção Artísitica


A flexibilidade do Linux(já que ele pode impulsionar desde telefones celulares até gigantescos mainframes), sua liberdade (não ter empecilhos legais que atrapalhariam a sua adoção/desenvolvimento) está permitindo o aparecimento de aplicações muito interessantes, singulares e até inéditas.
Quem trabalha com produção cultural, seja teatro, cinema, tevê, quadrinhos, certamente vai dar boas vindas ao Celtx, um aplicativo de produção cultural e artística inédito e original.

Celtx [kɛltɨks] é um software livre de pré-produção artística  projetado para criar e organizar projetos de mídia como roteiros, filmes, vídeos, peças de teatro, rádio teatro/novelas, documentários, machinima, quadrinhos, jogos e podcasts.
A aplicação cliente-servidor dá a cineastas independentes e criadores de mídia  uma abordagem integrada e não linear para a fase de pré-produção do trabalho, fornecendo suporte para os padrões da indústria para roteiros, desenvolvimento da história, storyboards, todas as nomenclaturas e recursos do gênero, programação de produção e relatórios. Ele também permite aos escritores  anexar imagens, vídeos e arquivos de áudio para um projeto, e fornece recursos para colaborar com outras pessoas online .
Celtx é construído sobre padrões abertos, não-proprietários de arquivos e linguagens (ou seja, HTML, XML, RDF e TXT). É licenciado sob a Licença Pública Celtx, que é a Mozilla Public License com uma cláusula de atribuição. Desenvolvimento de recursos e traduções de línguas (mais de 23 atualmente) da aplicação são impulsionados pelo feedback e trabalho voluntário dos membros da comunidade internacional Celtx.
O Celtx é um acrônimo para a Crew(equipe), Equipment(equipamento), Location(locação), Talent(talento) and XML.


Recursos

Celtx oferece vários recursos para roteiristas e todos os envolvidos na pré-produção.

Roteiros

Celtx usa um editor de roteiros no padrão típico da indústria, para a criação de roteiros, peças de teatro, scripts de vídeo produção AV, quadrinhos ou novelas de rádio. Celtx também inclui um editor de texto rico para com todos os recursos de editores de texto consagrados. Celtx também incorpora a linguagem LaTeX como um de seus recursos, que permite  modelos mais flexíveis e mais opções de impressão.

Projeto de colaboração, gerenciamento e armazenamento

Celtx oferece, como um plus,  um serviço web online chamado Celtx Studios, para colaboração em projetos avançados e visualização e armazenamento de arquivos online e gerenciamento dos projetos. Com o Celtx Studios, uma equipe de produção(diretor, roteirista, produtor, etc...) pode trabalhar e colaborar online, o que aumenta a sinergia no trabalho de pré-produção.

Publicação

Os roteiros podem ser enviados para o Fórum Celtx para exibição pública, análises comparativas e comentários.

Programação

Celtx utiliza  código fonte aberto, baseado no  Mozilla Firefox para lidar com calendários e programação de produção.

Elementos

Celtx apresenta trinta e cinco elementos diferentes, que incluem "Efeitos Especiais" ou "atores", que podem ser adicionados ao projeto. Estes elementos podem ter diversas informações, tais como mídias(imagens, sons e animações) ou texto, anexados a eles(os elementos). Celtx permite que os diretores e escritores facilmente marquem elementos dentro de cada roteiro. Estes elementos marcados podem então ser transferidos automaticamente para transcrições do roteiro, que permitem que funcionários da produção facilmente identifiquem quais os elementos que o roteiro exige.

Ferramentas de Pre-Visualização

Storyboarding

Celtx permite às pessoas criar seqüências de storyboard, que podem ser impressas ou visualizadas utilizando se do visualizador de imagens embutido no Celtx. Estes também estão disponíveis para exibição no site de um projeto, e pode ser visualizados dentro do navegador.

Ferramenta Sketch

 A ferramenta Sketch pode ser usada para desenhar um esboço ou um esquema de produção, que também pode ser adicionado ao seu storyboard. A ferramenta Sketch inclui ícones pré-carregadas para câmera, luzes e pessoas que podem ser marcadas com o texto, e as ferramentas para desenhar linhas, setas, formas e adicionar texto. Além disso, os pacotes de arte profissional de imagens adicionais (por exemplo, equipamentos, máquinas, pessoas, veículos, acessórios, móveis / utensílios, etc) pode ser comprado no site do Celtx. Ou seja, se tem uma ferramenta para moldar as cenas ao gosto da equipe de produção, e, o mais completa possível.


Site: http://www.celtx.com/

quinta-feira, 18 de março de 2010

K-Jofol - Uma Cirurgia Plástica no XMMS


O XMMS é um dos mais antigos tocadores de mídia no Linux. Quando ele foi lançado, nada mais existia, e, ele tentava mimetizar o  Winamp, do windows.

O tempo foi passando, e hoje temos as mais diversas opções de tocadores de mídia no sistema do pinguim, SongBird, Amarok, Kaffeine, Beep, Noatun, etc...

Mas, nenhum deles chega à simplicidade e leveza do XMMS. Claro que temos o Amarok, com capacidades de sincronizar dispositivos externos de música (MP3 Players).

Mas, consumir 3% de processador e 1,6% de memória ??? Negativo, nenhum player de mídia no Linux consegue isso.

Assim , se você quer um player de mídia minimalista e sem complicações (e que roda com muito poucos recursos) você pode contar com nosso velho conhecido XMMS.

O XMMS tem algumas semelhanças com o Winamp, podendo usar até skins da versão 2 (a versão Classic). Apesar de ter uma pá de skins, elas podem se tornar repetitivas e maçantes, já que só podem ter dimensões retangulares.

Para contornar este problema, surgiu o projeto K-Jofol, que permite ao XMMS usar skins de qualquer formato e tamanho, como esta aqui:

O projeto K-Jofol foi iniciado na plataforma windows, mas, quando a comunidade open source tomou conta, o plugin para o XMMS foi criado.

Para podermos utilizar o K-Jofol, é necessário instala-lo. Procure nos repos da sua distro favorita o pacote.
Para Ubuntu e derivados Debian, o pacote é xmms-kjofol (0.95.0debian3-4build1).
Para derivados Red Hat (RPM) xmms-kj-0.95-1 RPM for i386.

Com o plugin instalado, agora vem  a parte de configurar.

 clique com o botão direito em qualquer lugar no painel do XMMS e clique em Opções -> Preferências

Clique na aba Plug-ins de visualização e clique em  K-Jofol Interface e clique em Ativar. Você deverá ver a skin padrão do  kjofol aparecer (uma cinza esverdeada  feia).

Agora estou certo que você está dizendo, não me deixe com essa skin  feia pra caramba. Como faço para usar skins que eu baixar ?Muito simples.

Baixe as skins de http://www.customize.org/kjofol

Faça o diretório kjofol  em ~ / .xmms / kjofol (você só precisa fazer isto uma vez)

mkdir ~ / .xmms / kjofol

Baixe  todos os arquivos em ~ .xmms / kjofol. NÃO TENTE descompactar os arquivos .zip! Você não precisa se preocupar com isso.

E, desfrute o seu XMMS de cara nova!!!


Para saber mais:
http://www.linuxhelp.net/guides/kjofol/

sexta-feira, 12 de março de 2010

Photo Rec – O Linux salvando os seus dados apagados


PhotoRec é um software de recuperação de dados e arquivos, projetado para recuperar arquivos perdidos, incluindo vídeo, documentos e arquivos em discos rígidos, CD-ROMs, fotos e imagens (por isso o nome Photo Recovery) da memória de câmeras digitais.

PhotoRec ignora o sistema de arquivos e vai atrás dos dados subjacentes, pelo que ele segue trabalhando mesmo se o sistema de arquivos da mídia estiver severamente danificado ou reformatado.

PhotoRec é livre - este aplicativo open source multi-plataforma é distribuído sob a GNU General Public License. PhotoRec é um programa companheiro do programa TestDisk, um aplicativo para recuperar partições perdidas em uma ampla variedade de sistemas de arquivo e consertar discos com problemas para inicializar.

Sistemas operacionais

PhotoRec é executado sob

  • DOS/Win9x
  • Windows NT 4/2000/XP/2003/Vista
  • Linux
  • FreeBSD, NetBSD, OpenBSD
  • Sun Solaris
  • Mac OS X

e pode ser compilado em quase todos os sistemas Unix


Os sistemas de arquivos

PhotoRec ignora o sistema de arquivos, desta forma, funciona mesmo se o sistema de arquivos estiver severamente danificado.
É possível recuperar arquivos perdidos pelo menos a partir de:


  • FAT,
  • NTFS,
  • EXT2/EXT3
  • HFS +


ReiserFS inclui algumas otimizações especiais em torno de “tails”, um nome para os arquivos e as parcelas finais de arquivos que são menores do que um bloco de arquivos. A fim de aumentar o desempenho, o ReiserFS é capaz de armazenar esses arquivos dentro dos próprios nós das folhas da B*Tree, ao invés de armazenar os dados em outro lugar no disco e apontar para os nós da B*Tree. Infelizmente, PhotoRec não é capaz de lidar com isso - é por isso que não funciona muito bem com ReiserFS.

Mídia

PhotoRec trabalha com discos rígidos, CD-ROMs, cartões de memória (Compact Flash, Memory Stick, SecureDigital / SD, SmartMedia, Microdrive, MMC, etc), unidades de memória USB, DD imagem crua, EnCase imagem E01, etc.
PhotoRec foi testado com sucesso com os vários media players portáteis, incluindo o iPod e diversas câmeras digitais.

Formatos de arquivo conhecidos

Se não houver uma fragmentação de dados, que é frequentemente o caso, ele pode recuperar o arquivo inteiro. PhotoRec reconhece inúmeros formatos de arquivos, incluindo ZIP, Office, PDF, HTML, JPEG e vários formatos gráficos. Toda a lista de formatos de arquivos recuperados pelo PhotoRec contém mais de 320 extensões de famílias de arquivo (cerca de 200 arquivos).


Como Usar o Photo REC.

A melhor forma de usar o PhotoRec é em uma distro de manutenção LIVECD. Atualmente, Photo REC está presente nos repositórios das principais distribuições, e, nas seguintes distros de manutenção: Ultimate Boot CD, System Rescue CD, RIPLinux e Parted Magic.
Como o PhotoREC trabalha de forma não destrutiva, ou seja, ele apenas lê a mídia, não a escrevendo em hipótese alguma, ele precisará de outra mídia/disco para salvar os arquivos que ele identificou na fase de leitura. Eu aconselho bootar o sistema comprometido com um LiveCD de manutenção, qualquer uma das distros citadas anteriormente e usar um PenDrive como memória auxiliar para guardar os arquivos recuperados. Pendrives de 4, 8, 16 Gigabytes ou mais são indicados aqui, dependendo da extensão dos danos no disco rígido analisado.
O PhotoREC, apesar de rodar em linha de comando é um programa interativo e muito fácil de executar. Detalhe: O disco a ser analisado deverá estar desmontado. Quando entrar no PhotoREC, especifique qual disco será analisado, quais as extensões de arquivos que o PhotoREC deverá procurar e onde os arquivos lidos/recuperados serão armazenados, e, é só deixá-lo trabalhando. Depois de recuperados, os arquivos poderão ser analisados, já que o PhotoREC recupera os arquivos e coloca um nome genérico neles. Em minhas experiências, eu tenho um índice de sucesso de quase 100% com arquivos gráficos, de som e alguns arquivos de vídeo. Com arquivos de documentos em formatos proprietários, os resultados podem variar, já que os formatos de arquivos proprietários podem não ser totalmente reconhecidos pelo PhotoREC.
PhotoREC também é muito útil para se fazer análise forense de discos rígidos. Junto com o TestDisk, ele pode recuperar arquivos de partições formatadas e conseguir provas e indícios que, de outra forma, estariam perdidas. A ressalva a ser feita aqui é quanto ao processo de Zero-Fill, que grava um padrão sobre a mídia do HD, impossibilitando a sua recuperação posterior.
 PhotoREC e TestDisk são da autoria de Chistophe Grennier.

Link:

sexta-feira, 5 de março de 2010

Como Instalar um Adaptador de USB para Lan (RJ45) no Ubuntu

Qual a necessidade de um acessório destes ? Bem, pela USB é possível montar servidores com "N" placas eth, já que cada porta USB seria uma eth virtual. Outra utilidade(o meu caso...) seriam notebooks cujas interfaces de rede foram danificadas e não mais operam.
Ou ainda, usar aquele seu notebook Athlon XP 1500 que está lá, parado, pegando poeira, para ser um roteador e firewall para a sua rede caseira ??? Sim, normalmente isso não seria possível, já que notebooks têm apenas uma interface eth. Mas, com o adaptador USB - -> Lan RJ45, isso é coisa do passado.

O que iremos fazer ? Iremos fazer o computador pensar que o adaptador USB é uma placa de rede wireless, e, instala-lo com o driver do windows através do nosso conhecido Ndiswrapper.

Aqui está o que eu fiz (Ubuntu 9.04 Jaunty, USB para LAN adapter)

   1. abra Sistema> Administração> Gerenciador de Pacotes Synaptic, Adept, KpackageKit
   2. Procure e instale ndisgtk  (mais alguns pacotes serão automaticamente instalados)
   3. abra Sistema> Administração> Windows Wireless Drivers
   4. Clique em Instalar o novo driver (um erro pode aparecer, mas não causou nenhum dano para mim)
   5. selecione o arquivo INF da pasta de drivers do cd Windows (eu escolhi a versão XP no meu caso)
   6. Depois que o driver foi adicionado você deve ser capaz de usar o Network Manager (ícone na bandeja do sistema) para configurar as definições IP para o adaptador USB para rede local (no meu caso eu configurar manualmente o endereço de 192.168.0.2 para que eu possa ligar a outro computador conectado diretamente via cabo LAN)


Depois, você pode configurar e gerenciar a conexão pelo Wicd, pelo Network Manager, etc... Você terá mais uma eth na sua máquina.


Mas... Não é só essa solução que pode aparecer no seu caminho. Na verdade, existem outros chipsets que são suportados diretamente pelo kernel Linux. Um deles é o chipset Moschip 7830, que é reconhecido automaticamente como uma interface de rede a mais em sua máquina.
Válido para todas as distros (Mandriva, Ubuntu, Red Hat, Fedora, Puppy, e etc...), a partir da versão 2.6.22 do kernel.
No Brasil, uma das marcas que usa este chipset é da empresa COMTAQ.

Para saber mais:
http://www.trap17.com/index.php/Usb-Lan-Adapter-Linux-Ubuntu_t69422.html

http://cateee.net/lkddb/web-lkddb/USB_NET_MCS7830.html